Logística é a atividade para a qual se desenvolve um planejamento visando deslocar cargas ou pessoas até o local certo, no melhor tempo e menor custo possível dentro das condições estabelecidas. Para isso, é preciso analisar e executar as melhores condições de fluxos de produtos, pessoas e informações.
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De acordo com o famoso consultor Peter Drucker, considerado o "pai" da administração moderna, a logística é a última barreira a ser transportada em termos de movimentação de cargas e pessoas. Sendo assim, esse ramo de atividade deve ser compreendida como o uso do planejamento e da programação do fluxo de produtos por toda a cadeia de suprimentos.
Para realizar uma operação logística com eficiência, é necessário utilizar sistemas integrados de gestão logística, cada vez mais avançados tecnologicamente. Esse tipo de programa possibilita gerir as operações de maneira prática e integrada com clientes, agências, órgãos governamentais e sistemas externos.
As operações de logística portuária são complexas porque envolvem uma grande quantidade de pessoas e instituições. É preciso, por exemplo, atender às exigências da Receita Federal para acesso a informações.
Além disso, no Brasil, as empresas encontram grandes desafios no que diz respeito à infraestrutura. Rodovias, ferrovias, aeroportos e portos estão bastante ultrapassados se comparados aos principais elos do transporte em países desenvolvidos. Os custos gerados são altíssimos, aumentando o Custo Brasil e diminuindo a competitividade do produto brasileiro no comércio internacional - e até no mercado interno, sendo superado por concorrentes do exterior, especialmente da Ásia.
Com esses gargalos, o Brasil deixa de ser uma opção viável e vantajosa frente aos demais complexos portuários mundo afora, que possuem sistemas e infraestruturas muito superiores às encontradas por aqui.
A cadeia produtiva e as empresas de comércio exterior (por exemplo as tradings) são as que mais sofrem com toda essa precariedade existente em nossa logística. Pagamos impostos altíssimos, as operações portuárias estão entre as mais ineficientes do mundo, e a oferta não atende à demanda. Ou seja, o que produzimos na agropecuária, sobretudo os grãos, e a produção industrial não há vazão para o escoamento destes produtos para o mercado internacional.
Dados do Banco Mundial apontam que no Brasil um contêiner leva 13 dias para ser exportado. Detalhe: seis dias são perdidos em meio à papelada no porto, com o contêiner parado. Em Cingapura, que ocupa o primeiro lugar no ranking, isso leva apenas um dia. Nos Estados Unidos, apenas dois.
Isso ocorre porque os despachantes precisam se desdobrar e fornecer muitas informações, muitas vezes. Os diversos órgãos “competentes” não se comunicam, portanto uma mesma informação precisa ser entregue à Polícia Federal, à Anvisa, à Marinha e à Receita. São quase 200 informações para proceder à importação.