Sábado, 30 Novembro 2024

A DHL Global, divisão do Grupo Deutsche Post DHL especializada em fretes aéreos, marítimos e rodoviários, lança no Brasil o serviço de transporte via balsas oceânicas. A modalidade é especialmente indicada para cargas ultrapesadas (acima de 40 toneladas) e/ou com grandes dimensões e abrange toda a costa brasileira, se estendendo também às bacias hidrográficas internas. A DHL oferece uma rota fixa entre os portos do Rio de Janeiro e Vitória, mas o modal pode ser aplicado a outras rotas por projeto, conforme a demanda do cliente. 

O diretor de Projetos Industriais da empresa, Claudio Ramos, explica que “a DHL está sempre em busca de alternativas para tornar mais seguras e eficientes as cadeias produtivas de nossos clientes. A balsa, mais comum no transporte de passageiros no Brasil, ainda é pouco utilizada no transporte de carga, mas é uma alternativa interessante frente às condições do mercado logístico brasileiro, caracterizado por grandes distâncias, geografia variada e infraestrutura rodoviária insuficiente”.

Embora empresas com diferentes necessidades logísticas e de transporte possam usufruir desta modalidade, as balsas oceânicas são aplicadas principalmente no transporte de equipamentos, componentes e estruturas dos mercados de óleo e gás, energia elétrica, metalurgia e mineração. Geradores, bobinas e carretéis são exemplos de itens já transportados. Outra carga com grande potencial são as pás e torres de energia eólica. Em geral, um caminhão pode carregar apenas uma pá eólica, enquanto uma balsa oceânica pode carregar até 32 unidades. A utilização das balsas em mercados ainda mais diversos, como eletroeletrônicos e de consumo, torna-se uma opção viável em caso de grandes consolidações.

Além do embarque em si, o serviço da DHL abrange aspectos consultivos como os estudos de engenharia voltados ao planejamento do transporte com detalhamento das capacidades dos portos, análise de calados, desenhos técnicos e procedimentos de carregamento e descarga, bem como a supervisão das operações. Além disso, considera-se que as balsas oceânicas emitem menos gases que provocam o efeito estufa dos que os modais rodoviário e ferroviário. Logo, considerar este modal no desenho das cadeias de suprimentos pode ajudar as empresas a cumprirem suas metas de redução de impacto ambiental.

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