A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) vem empreendendo esforços para superar o pessimismo dos empresários do setor do Estado. Os indicadores revelam a estagnação da produção industrial em baixos níveis, segundo o documento Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), lançado em maio último pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a federação. O documento revela que houve queda das expectativas de exportação entre abril e maio quando o indicador variou de 52,4 para 44,6, ficando abaixo da linha divisória de 50 pontos e indicando expectativa pessimista do setor.
Portogente conversou com o presidente da federação, Jandir Milan, sobre o escoamento de mercadorias para a exportação, considerando a ausência de portos em Mato Grosso. Para ele o maior entrave da logística nos portos brasileiros é a burocracia: “Somos um país que enfrenta grandes dificuldades tanto nos processos de exportação quanto de importação”,
Ele aponta o estudo da federação das indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) onde o Brasil se localiza na 106ª posição entre 118 países no ranking que avalia a burocracia nos portos, elaborado com base em dados do Banco Mundial.
Segundo Milan, o que influi muito nesse resultado não são só os altos custos, mas também o tempo que um contêiner fica parado nos portos: “Sabemos quando ele entra, mas é difícil prever a saída de lá, sendo que muitas vezes essa espera pode durar até 60 dias. É complicado até para um fornecedor estrangeiro entender o porquê precisamos pagar mais 30 dias pelo espaço que o container ocupa nos portos, sendo que no mundo essa espera não ultrapassa uma semana.”
