O governo federal assinou, nesta segunda-feira (31/3), o contrato para o início das obras da segunda ponte sobre o Lago Guaíba, no Rio Grande do Sul. A obra é necessária para desafogar o trânsito no trecho, evitar transtornos aos motoristas e facilitar o acesso à metade sul do estado, já que permite a ligação dessa região com rodovias de integração nacional (BR-116 e BR-290), facilitando o escoamento da produção.
A ponte terá 1,9km. Somados os acessos e elevados, serão construídos 7,3km. A previsão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é que 50 mil veículos trafeguem pelo local diariamente.
Atualmente existe apenas uma ponte que permite a travessia sobre o Lago, inaugurada em 1958. Além da grande quantidade de veículos que passam pelo local, os motoristas enfrentam transtornos constantes em razão dos içamentos do vão móvel. A operação é necessária mais de 40 vezes por mês para viabilizar a passagem de grandes embarcações. Além disso, entre 1999 e 2010 a ponte teve que ser interditada quatro vezes em razão de falhas no sistema.
Pelo contrato, o consórcio terá seis meses para concluir os projetos e, depois, três anos para concluir a obra, que deve mobilizar 1,1 mil empresários.
A estimativa é que 850 famílias tenham que ser realocadas para viabilizar a construção dos acessos à ponte. O Dnit e o Consórcio terão o papel de identificar terrenos para quem for afetado em razão da obra. A meta é que o projeto envolva, além da transferência dessas 3,5 mil pessoas, ações sociais como capacitação, geração de trabalho e renda, educação ambiental e patrimonial.