O que chama a atenção da OMM é que, em 2013, nem o fenômeno do El Nino e nem o da La Nina foram registrados, uma vez que eles são considerados os principais fatores naturais de influência da variação de temperaturas no planeta. Para a entidade, não há outra alternativa senão uma ação global para mitigar os impactos do aquecimento e limitar as emissões de CO2 e outros gases com urgência.
Muitas empresas já estão preocupadas com a situação há alguns anos e, inclusive, já desenvolveram ações internas para contribuir com o meio ambiente. A Panalpina, operadora logística, criou o PanGreen, programa global para soluções verdes e parte de sua estratégia de crescimento sustentável.
Recentemente, a empresa lançou o “EcoTransIT World”, ferramenta que calcula automaticamente as emissões de CO2 de todos os clientes dos serviços de transporte com base no padrão EN 16258, norma europeia recentemente lançada e que já inclui emissões para a produção de combustível, gases de efeito estufa, além de CO2 e o consumo de energia.
A ferramenta calcula as emissões para cada embarque, incluindo a movimentação antes e durante o transporte em função da distância, peso, modo de transporte e o tipo de navio ou aeronave utilizado. Por via aérea, a rota real - isto pode envolver vários aeroportos - é utilizada. Para frete marítimo, são considerados o tamanho do navio e as reduções de velocidade.
O EcoTransIT vai além dos relatórios tradicionais de CO2 e apresenta as emissões de outros gases do efeito estufa como equivalentes de CO2 (CO2e). Os processos de transporte incluem o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que são convertidos em equivalentes de CO2 com um fator de 25 e 298, respectivamente (ou seja, 1 kg de CH4 é igual a 25 kg de CO2). Emissões ocasionadas pela produção de combustível também estão incluídas no novo padrão.