Foto: DNIT
Com o documento assinado, as inovações desenvolvidas pela ARTESP e pela Secretaria de Logística e Transportes do Governo do Estado de São Paulo passam a ser compartilhadas com a ANTT. Assim, a Agência Nacional poderá reduzir o tempo de implantação do sistema nas rodovias federais e economizar recursos, uma vez que nos últimos dois anos a ARTESP trabalhou na inteligência dos softwares e no desenvolvimento da infraestrutura necessária.
A troca de informações viabiliza a interoperacionalidade dos tags e equipamentos instalados nas rodovias, assim como a padronização dos procedimentos de fiscalização e dos sistemas de pedagiamento eletrônico. Em longo prazo, o convênio facilitará a ampliação o modelo de pedagiamento conhecido como free flow, onde não há cabines de pedágio nas rodovias, apenas antenas instaladas em pórticos que registram a passagem dos veículos.
No Brasil, esse modelo está sendo implantado pioneiramente no Estado de São Paulo onde foi denominado Sistema Ponto a Ponto. Além dos ganhos de tempo e segurança, o Ponto a Ponto também trouxe redução nos gastos com pedágio, uma vez que permite que o pagamento seja feito por trecho percorrido tornando a cobrança mais justa.
Acordo Artesp-EPL
Em julho de 2013, a Artesp já havia firmado um acordo ainda mais amplo com a EPL (Empresa de Planejamento e Logística), entidade do Governo Federal para fomentar o uso da mesma tecnologia e do mesmo padrão de chip em diversas aplicações. Com um único equipamento para uso em veículos, cargas ou produtos será possível integrar serviços como a cobrança de pedágio, pesagem de veículos comerciais, rastreamento de cargas e acompanhar a origem e destino de um produto dentro do programa Brasil ID ajudando, inclusive, no combate ao contrabando de mercadorias e fraudes ao compartilhar as mesmas informações com várias entidades fiscalizadoras. A ideia é fomentar a criação de novos produtos e serviços de transporte e logística. Com essas parcerias, também poderão ser ampliadas para todo o país as aplicações já em uso hoje como os pagamentos de estacionamentos e abastecimento de veículos.
Para que o tag mais moderno e eficiente com tecnologia de 915 MHz possa ser utilizado em todo território brasileiro – já é usado no Estado de São Paulo desde 2012 – resta ainda à ANTT assinar uma resolução que permita a substituição do equipamento usado nas vias federais com tecnologia 5,8 GHz.