Domingo, 24 Novembro 2024
Empreendimento da MMX, companhia do empresário Eike Batista, o Porto do Sudeste, em Itaguaí, litoral do Rio de Janeiro, pode começar a operar no terceiro trimestre de 2014. Entretanto, a viabilidade das operações e da conclusão das obras depende de uma bem sucedida reestruturação de dívida e de nova injeção de capital.

O plano da companhia prevê investimento adicional de US$ 550 milhões para tornar o porto viável. A partir do rearranjo do endividamento, os compradores de 65% do Porto - o fundo Mubadala, de Abu Dhabi, e a Impala, divisão da trading holandesa Trafigura - fariam um aporte de capital de US$ 400 milhões.

Foto: Divulgação MMX

Imagem das obras realizadas em Itaguaí, grande polo portuário no Rio

Além disso, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) poderia liberar recursos ainda não desembolsados à companhia. O banco é peça chave na conclusão do acordo anunciado com Mubadala e Trafigura em outubro, criando a PortCo (que assume o porto).

Em contratos com a MMX Porto Sudeste, a instituição exigiu preferência como credor. Isso classifica sua dívida como "sênior" em relação às demais. Por causa da preferência do BNDES, o gatilho para o pagamento dos royalties mudou. Antes, seria quando houvesse "lucro bruto suficiente". Agora, será a existência de "caixa disponível". A fórmula para calcular o caixa prevê o desconto prévio de recursos para honrar o serviço da dívida com o BNDES.

O plano de reestruturação apresentado aos acionistas aponta que em torno de US$ 1,1 bilhão em dívidas passarão à PortCo, para quem é transferido o endividamento da mina da MMX. A renegociação com o BNDES já foi feita e deverá passar pelo conselho de administração da MMX ainda este mês.

As informações são da Agência Estado.

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