Um mecanismo de atracação automática para navios, dispensando cabos e amarradores foi uma das novidades tecnológicas exibidas na InfraPortos, conferência e feira de equipamentos, nesta quarta-feira (23), em Santos/SP. Focada em fornecedores para portos e terminais portuários, o evento não podia ser diferente. No segundo dia, os painéis da tarde giraram ao redor de segurança e automação.
O equipamento de atracação automática foi apresentado pela Cavotec Brasil, a cago do presidente, o italiano Andre Della Bianca. O sistema já é utilizado em portos de vários países, como Austrália e Canadá, além de outros. Como projeto de engenharia, é desenvolvido de acordo com as especificidades do terminal, considerando marés, incidência de ventos, profundidade, tamanho das embarcações e outros.
Segundo Della Bianca, a atracação automática pode ser realizada em apenas 30 segundos, com significativa redução de custos. Ao aproximar-se do cais, estruturas com braços hidráulicos encostam pranchas de metal no casco do navio, criando sucção a partir do vácuo e tracionando a embarcação, em operação totalmente segura.
Ainda com foco na gestão de terminais portuários, dentro do tema Riscos Sistêmicos, o professor Robson Barbosa (IMar/Unifesp), demonstrou a importância de atualização dos padrões de segurança. “As cargas das empresas que adotam procedimentos seguros acabam sendo privilegiadas no trâmite”, disse. Segundo ele, o setor der análise de riscos nas empresas deveria ter status de diretoria, para poder discutir o setor em condição de igualdade com outras áreas. “É necessário um visão estratégica da análise de risco, um plano de análise e um plano de contingencia”.
Ricardo Paprotzki, da Mainline, parceira da IBM, versou sobre tecnologia da informação. Exibiu o case da ABTRA, associação de terminais, que utilizou a tecnologia PureFlex/Power, capaz de interligar diversos sistemas, com aplicativos variados, exibindo-os em um único ambiente gráfico.