Domingo, 24 Novembro 2024
Com início previsto para 15 de julho, a dragagem do Rio Madeira, no Norte do País, ainda não começou e está dois meses atrasada. Sem a obra, é grande o número de embarcações encalhadas justamente nos locais onde o serviço já teria que estar concluído. O presidente da Federação Nacional de Empresas de Navegação Marítima, Fluvial e Lacustre e Tráfegos Portuários (Fenavega), Raimundo Holanda, afirma que levará o assunto ao uma denúncia ao Ministério Público Federal: “O Dnit está fazendo propaganda enganosa porque o dinheiro anunciado para a obra – R$ 6,5 milhões – não está chegando no Madeira”.

A Delegacia Fluvial de Porto Velho recebeu na última segunda-feira (23) a autorização da Marinha para o início dos trabalhos. O atraso da obra provoca revolta no setor. Mas, de acordo com Holanda, se "o serviço for feito agora, quando o nível da água já está subindo, a batimetria (medida da altura do rio) não vai mostrar a realidade do rio no auge da estiagem. Mais uma vez estarão jogando dinheiro fora”.

Foto: Rondonotícias

Dragagem é fundamental para a hidrovia do Madeira

O comandante Macedo informa que na última sexta-feira avistou uma draga da Ahimoc deslocada para a comunidade de Tamanduá para fazer a dragagem. A draga estava sem sinalizador de luz e foi autuada. O comandante confirma que está havendo dificuldades de navegação nos pontos críticos do Madeira e considera que este já não é o período ideal para iniciar o trabalho, previsto para 15 de julho.

A ordem de serviço para a dragagem do Madeira foi assinada em maio deste ano e a obra foi adiada pelo menos quatro vezes depois disso. O serviço, no valor do R$ 6,5 milhões, estava previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) há três anos e desde então a bancada do Estado, representantes do governo estadual e empresários do setor têm participado de constantes audiências no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para garantir a realização do mesmo. Licitadas pelo DNIT, em Brasília, as obras foram repassadas para a jurisdição da Codomar (Companhia de Docas do Maranhão), em São Luiz, sendo que a responsabilidade pela execução e fiscalização é da Ahimoc, com sede em Manaus.

Na última semana, o deputado federal Marcos Rogério (PDT) fez um pronunciamento no plenário da Câmara Federal denunciando a demora das obras e controvérsias da licitação e anunciou que vai pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) que verifique as causas da demora dos trabalhos.O consórcio vencedor da licitação – a Leme- PetCon engenharia – é o mesmo que ganhou a licitação para execução dos Serviços de consultoria técnica para elaboração de Estudos de Viabilidade Técnico-Econômica e Ambiental (EVTEA) e o projeto básico e executivo. Além disso, a empresa não possui dragas e vai operar com equipamentos cedidos pela Ahimoc. A cedência do equipamento exigiu um aditivo no contrato de licitação para retirar o valor referente às dragas, o que também ajudou a retardar o início dos trabalhos.

A dragagem do rio Madeira, ou desassoreamento, visa retirar sedimentos e bancos de areia do canal de navegação e com isso possibilitar maior segurança na navegação de grandes e pequenas embarcações além de permitir o tráfego permanente na hidrovia, facilitando o escoamento de cargas e o transporte de passageiros. De acordo com o DNIT, a manutenção seá feita entre Porto Velho e Humaitá (AM) e ocorrerá em 7 pontos distintos, sendo priorizados os locais críticos: Tamanduá Cujubim/Mutum, São Carlos, Curicacas e Papagaios no Estado de Rondônia. No Amazonas, está prevista a dragagem da região da Ilha do Salomão e da comunidade Três Casas.

As informações são do site Rondonotícias.

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