As operações de transbordo ship to ship em Suape estão ganhando cada vez mais espaço. A estratégia é fruto de uma mudança operacional. Em 2017, foram realizadas reformas nas dutovias localizadas na área portuária. Com isso, o ponto de atracação do navio cisterna, que funciona como tancagem flutuante de GLP, foi realocado e outros píeres do porto externo foram habilitados para esse processo. Agora, os PGLs 2 e 3A também podem realizar o ship to ship, antes feito apenas no 3B. A oferta desses berços reflete diretamente em maior volume de produto, na melhoria do fluxo das embarcações e na redução do tempo de espera para os navios.
É no transbordo ship to ship que são realizadas as transferências de petróleo cru, GLP (gás de cozinha), gasolina, diesel entre outros derivados do petróleo, diretamente de uma embarcação para outra, de forma segura e ágil. No procedimento, o navio-mãe opera simultaneamente com um outro navio a contrabordo e, em paralelo, pode descarregar ou carregar determinado produto para o terminal em terra. Portos que possuem menor profundidade em seus canais de navegação não têm capacidade para receber navios de grande porte. O Porto de Suape, por possuir o diferencial de ter profundidade e boas condições de operação, acaba recebendo estes navios.
Essas operações, contribuíram, em grande parte para que Suape conquistasse o título de principal porto público do país em movimentações de granéis líquidos em 2016. O coordenador de Operações Portuárias de Suape, Felipe Fonseca, explica que a infraestrutura do porto facilita este processo. “As empresas que operam e comercializam essas cargas atracam seus navios de maior porte e maior calado em Suape, transferem os produtos para navios menores e daí esses navios seguem para outros portos da região”, ponderou.
Produtos como o Diesel S-10 e o S-500, gasolina, butano, propano, petróleo, óleo combustível e GLP (gás de cozinha), foram movimentados no Porto de Suape por meio das operações de transbordo. Entre as mercadorias mais presentes neste tipo de operação estão a gasolina, o óleo combustível, o propano e o GLP. Em Suape, a primeira operação de transbordo de combustíveis aconteceu em 2013. De janeiro a outubro, 821 mil toneladas foram movimentadas nessas operações, ultrapassando, por exemplo, a de granéis sólidos, que operou, no mesmo período, 313 mil toneladas.
Navio cisterna
Dentro do universo das operações de transbordo ship to ship, Suape ainda coordena a operação do navio cisterna a serviço da Petrobras desde a década de 80. Reconhecido pela Antaq como terminal, a embarcação funciona como uma tancagem flutuante capaz de armazenar 75 mil m³ de GLP. O gás armazenado no navio passa por meio de dutos para cinco esferas instaladas na sede da Transpetro, na área portuária de Suape.