A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), autoridade portuária do Porto de Santos, vai se reunir no próximo dia 10 de julho com a Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Defesa Civil de Santos. As entidades, juntamente com a Capitania dos Portos e as empresas participantes do Plano de Área do Porto de Santos e Região (PAPS), vão avaliar os resultados do exercício simulado de atendimento a derramamento de óleo no estuário. O evento ocorreu no dia 21 de junho último na Embraport, terminal que fica na área continental do Porto de Santos.
O acidente fictício simulou o vazamento de 200 metros cúbicos de óleo no estuário do Porto de Santos, em uma área próxima a manguezais. O exercício mobilizou equipes da Embraport, da Codesp e das demais empresas do PAPS, além dos orgãos ambientais.
As principais ações do combate foram o cercamento do navio atingido com barreiras de contenção. Também foram protegidas com barreiras áreas sensíveis do ambiente, como a proximidade dos mangues, e pontos estratégicos do estuário para evitar a dispersão do óleo.
Foi testado também o atendimento de emergência à fauna potencialmente atingida pelo derramamento de óleo. Uma equipe especializada na captura e tratamento de animais vítimas de acidentes ambientais participou da ação, com o uso de bonecos de aves e repteis.
A avaliação vai aferir, a partir dos dados coletados e das anotações dos observadores, a quantidade de material mobilizado, número de pessoas e recursos envolvidos no atendimento e tempos de resposta ao acionamento das equipes. Pontos fortes e situações que exigem melhoria serão apontados em relatório que vai ser produzido pela coordenação do PAPS.
O exercício simulado na Embraport foi o primeiro envolvendo todo o Plano de Área do Porto de Santos na mobilização de pessoas e equipamentos ao local. O objetivo da ação é treinar as equipes de emergência para o caso de um acidente real. A Codesp é a responsável pela gestão do PAPS, para atendimento a acidentes com poluição por óleo que venham a atingir as águas do Estuário e da baía, desde a Fortaleza da Barra até o Canal de Piaçaguera, em Cubatão.