Sábado, 23 Novembro 2024

Com grande parte da mão de obra formada por trabalhadores da região, começa nos próximos dias a obra de reconstrução do novo terminal do Cujupe, em Alcântara, que marca a segunda etapa do projeto de melhorias do Governo do Maranhão no local. A primeira etapa, de instalação de 365 metros de passarelas cobertas, foi entregue no final de 2016, antecipando-se ao período de chuvas. Agora, logo depois do carnaval, começa a construção de uma nova estrutura para embarque multimodal de passageiros, beneficiando tanto o transporte aquaviário quanto o rodoviário, que movimenta, a cada ano, 1,7 milhão de pessoas e cerca de 300 mil veículos.
“Essa obra representa um novo momento para a população da Baixada Maranhense, gerando mais negócios, mais investimentos e mais desenvolvimento para essa região tão importante”, disse o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago.
O novo terminal, orçado em R$ 12,6 milhões, além da concepção multimodal, contará com um sistema de reaproveitamento de águas de chuvas, reformulação de pátio de espera e estacionamento, reforma estrutural da área do entorno, reorganização do comércio ambulante e pavimentação de toda a área do terminal.
Segundo o representante da construtora responsável pela obra, Francisco Alves Junior, contratar mão-de-obra local é vantajoso para todos. Para a empresa, significa redução de custo (alojamento e transporte, por exemplo) e tempo. “De fora da região vamos trazer somente o corpo administrativo. A maioria dos trabalhadores vai ser daqui mesmo do Cujupe e da região. Fizemos uma pré-seleção no terminal e conseguimos, com apoio do Sine – Sistema Nacional de Emprego -, direcionar, de acordo com as nossas necessidades, oficial de obra, carpinteiro, pedreiro e também vigia, almoxarife, assistente de RH. Todo esse pessoal a gente conseguiu aqui na comunidade”, disse.
Força-tarefa
O governador Flávio Dino determinou atenção especial à comunidade do Cujupe durante todo o processo de implantação do novo terminal e desde o início da gestão, em 2015, um trabalho multidisciplinar vem sendo desenvolvido, sob a coordenação da área de Responsabilidade Social da Emap, com apoio de diversos órgãos estaduais. O objetivo é preparar os membros da Associação dos Vendedores Ambulantes do Terminal do Cujupe para atuar na nova estrutura.
Na noite da última sexta, 16, o Governo do Maranhão apresentou o projeto do Novo Terminal do Cujupe à Associação. O encontro, dentro do terminal, contou com a presença da equipe técnica da Emap e representantes das secretarias de Emprego Trabalho e Economia Solidária (Setres), Agricultura Familiar (SAF), do Sebrae e da empresa responsável pela obra. A gerente de Responsabilidade Social da Emap, Deborah Baesse, representando a presidência da Emap, convocou os comerciantes a enfrentar o período de obras com tranquilidade e foco nos resultados que virão para todos. Importante destacar que a obra será realizada em duas etapas, com o cuidado de manter as operações.
“Os empreendedores que tiram seu sustento da atividade no terminal serão capacitados para trabalhar em boxes dentro do novo Cujupe. Para isso a Emap contratou o Sebrae-MA, que inicia nesta segunda-feira um trabalho que prevê análise de viabilidade econômica e das necessidades de adaptação, melhoria dos micro e pequenos empreendimentos instalados no local”, afirma Deborah Baesse.
Emprego e renda
O ordenamento dos ambulantes será realizado com base em dois fatores: o consumidor, que terá um espaço revitalizado e seguro no que se refere ao consumo de alimentos. Já os empreendedores passarão a enxergar a sua atividade como um negócio que gera renda e pode melhorar, continuamente, a qualidade de vida da população que reside no entorno do terminal e a economia, com o estímulo à produção local.
“Se haverá um novo terminal, com uma nova estrutura para os passageiros, é necessário que haja também uma nova maneira de atender os usuários do sistema hidroviário com oferta de produtos certificados e seguros. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento do empreendedorismo na região da Baixada e entre os que já empreendem no Cujupe”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae, João Martins.
“A Associação está muito feliz com essa palestra e com a parceria que a gente tem com a Emap, que tem nos ajudado muito em tudo o que precisamos. E através dessa obra aqui nós esperamos que toda a comunidade do Cujupe e toda a Baixada seja beneficiada”, comentou seu Antônio Dionísio, presidente da entidade, ao final do encontro.
A supervisora Isaura Moreira Lima, da Secretaria de Estado do Trabalho, participou da reunião para falar sobre a atuação do Sine nesse cenário. “O Sine está cadastrando, selecionando e encaminhando pessoas aqui da comunidade do Cujupe e entorno, de acordo com o perfil que a empresa vai precisar para a construção do novo terminal e vai atuar durante todo o período da obra”, explicou. “Nosso papel aqui é auxiliar e dar oportunidade ao trabalhador maranhense nessa obra”.
Para a Secretaria de Agricultura Familiar o foco é identificar a cadeia produtiva. “Estamos fazendo um estudo para saber o que eles fazem e identificar a cadeia produtiva. Vamos olhar para o que eles vendem e orientá-los a produzir a matéria-prima, e fortalecendo a cadeia produtiva para que o recurso gire dentro da comunidade”, afirmou o superintendente da SAF, Pedro Belo.
Todo esse esforço está alinhado com a missão que o governador Flávio Dino confiou à gestão da Emap, que é a de consolidar o Porto do Itaqui e seus terminais externos como meio de desenvolvimento para o Maranhão e sua área de influência, contribuindo para o desenvolvimento do estado, gerando emprego e renda.

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