Sexta, 22 Novembro 2024

Passados cerca de 30 dias do início efetivo das obras dos novos avessos aquaviários do Complexo Portuário do Itajaí, a Triunfo Engenharia, empreiteira responsável pela obra, garante que os trabalhos seguem dentro do cronograma proposto. A primeira ação foi a retirada das pedras carapaças – que dão a sustentação ao molhe e impedem a ação das correntezas sobre a estrutura subaquática. Agora os trabalhos concentram-se na retirada dos núcleos, para que ainda na primeira quinzena de julho ocorra a retirada dos molhes transversais, também chamados de espigões. “As obras para reestruturação do canal de acesso e instalação da nova bacia de evolução estão em plena execução”, garante o supervisor da obra, engenheiro Alexandre Barbosa Marujo. Ele informa que em março a Secretaria de Estado de Infraestrutura autorizou a Triunfo a iniciar a mobilização, que compreendeu fechar o acesso ao molhe norte, de Navegantes, para limpeza e construção do canteiro de obras, transporte e montagem dos equipamentos – guindastes, escavadeiras, draga de sucção e recalque, caminhões fora de estrada e basculantes, flutuantes, embarcações e trator, entre outros – e contratação de mão de obra.

Paralelo à retirada dos espigões, informa Gustavo Bassi, da Triunfo, será dada continuidade à montagem do canteiro de obras, com a instalação de mais escritórios, refeitório, vestiário, oficina e toda infraestrutura de apoio necessária ao andamento dos trabalhos. “Após a retirada das pedras, dos molhes transversais e da guia corrente, no Saco da Fazenda, devemos iniciar o aprofundamento do canal com dragagens”, disse Bassi. Hoje 80 pessoas, das empresas Triunfo, Prosul e Caruso Engenharia, atuam direta e indiretamente na obra. Número que deve chegar a 150 trabalhadores no auge da obra, daqui a cerca de seis meses. A conclusão da primeira etapa da obra deve ocorrer em 18 meses, contados a partir de junho. Já a segunda depende ainda da busca de recursos junto a União. Ação da Superintendência do Porto de Itajaí, junto a Bancada Catarinense, resultou na alocação de recursos da União no orçamento deste ano para a obra, com R$ 40 milhões já garantidos para 2016.“A nova bacia de evolução é a obra mais importante para a sustentabilidade do Porto de Itajaí em médio e longo prazo. Temos que estar preparados para atender a demanda dos armadores, que colocam navios cada vez maiores para servir seus principais mercados - entre eles, o Brasil, que representa o maior volume do comércio exterior da América do Sul", diz o superintendente da APM Terminals Itajaí, Ricardo Arten.

O projeto
A obra dos novos acessos aquaviários ao Complexo Portuário engloba a construção de uma bacia de manobras nas proximidades da foz do rio Itajaí-Açu, em frente à Bahia Afonso Wippel (Saco da Fazenda). Na primeira etapa serão investidos R$ 104 milhões pelo Governo do Estado. As obras englobam o alargamento do canal e parte da nova bacia de evolução, com 480 metros de diâmetro, que vai possibilitar operações com navios de até 336 metros de comprimento, com 48 de boca. Hoje o Complexo está limitado a operar navios de 306 metros, o que faz com que o Porto de Itajaí e demais terminais que formam o Complexo percam mercado com o constante aumento no tamanho dos navios que trafegam na costa brasileira.A segunda etapa das obras, estimada em cerca de R$ 208 milhões, vai garantir ao Complexo uma bacia de 530 metros de diâmetro, com capacidade para operar navios de até 366 metros de comprimento e 51 metros de boca. Essa etapa também prevê a realocação do molhe norte, possibilitando que o canal de acesso fique com a largura de 220 metros.A obra também vai minimizar o impacto das enchentes da Bacia Hidrográfica do Itajaí, uma vez que o alargamento e aprofundamento da Foz proporcionará o aumento na vazão na foz.

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