Os estivadores avulsos e vinculados do Porto de Santos, no litoral paulista, trabalham em ‘operação padrão’ desde as 7h desta quinta-feira (1º/03). Eles não aceitam a decisão do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) local de implantar unilateralmente o intervalo de 11 horas de descanso entre as jornadas dos trabalhadores portuários avulsos (TPAs), sem negociar. A categoria reivindica uma contrapartida ao intervalo.
Assembleia dia 26 último decide paralisação. Foto: Paulo Passos/Sindicato dos Estivadores de Santos.
Os trabalhadores querem garantia salarial diária e mensal, com intervalo de descanso obrigatório de 11 horas entre duas jornadas de trabalho, no sistema de rodízio, na falta de engajamento no trabalho devido à sazonalidade. “Isso não é descanso. É impedimento de trabalho, que são duas coisas distintas”, esclarece dirigente do Sindicato dos Estivadores de Santos, Sandro Olímpio da Silva. O presidente da entidade sindical, Rodnei Oliveira da Silva, diz que “não aceitamos a imposição, queremos negociar". A categoria está em época de campanha salarial.
Ele reclama que o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) não chamou o sindicato para conversar. "Não bastasse, faz esse anúncio altamente prejudicial aos trabalhadores, pois não contempla a garantia do trabalho e ganho, prevista em duas resoluções da OIT (Organização Internacional do Trabalho).”
* Sindicato dos Estivadores de Santos