O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, participou hoje do "Seminário Internacional Indústria Para Quê? – Temas, Perspectivas, Instituições e Políticas", organizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em homenagem aos dez anos da instituição, e ressaltou a necessidade de se diferenciar a política industrial da macroeconômica. “A política industrial é estruturante e de longo prazo. Não é possível cobrar resultados de curto prazo da política industrial, ao contrário da macroeconômica, que é de curto prazo”, argumentou. “Dez anos é um período relativamente pequeno para colher resultados”, acrescentou.
Mauro Borges lembrou que a instabilidade econômica das décadas de 1970 e 1980 inviabilizou a efetivação de políticas de desenvolvimento no país. “Não há manual para ser seguido na macroeconomia. Há inclusive elementos de sorte e de incerteza do mundo real. Na política macroeconômica não temos bola de cristal. Algumas decisões que você toma, obviamente baseadas em fundamentos teóricos. Se é tomada em um momento certo é bem sucedida, mas se não tem o timing correto ela é mal sucedida”, acrescentou.
Com exceção dos Estados Unidos, o ministro observou que a condução da política macroeconômica nos países desenvolvidos, a partir da crise financeira internacional de 2008, mostrou mais erros do que acertos.
Ele ainda destacou que o Brasil não vai mudar seu padrão de crescimento, que continuará sendo com inclusão social. Segundo o ministro, o componente de demanda das famílias vai continuar a sustentar o crescimento econômico, mas investimentos em setores como infraestrutura, petróleo e gás e inovação tecnológica serão os caminhos a percorrer para o aumento da produtividade.
Ministro diz que política industrial brasileira é estruturante e de longo prazo
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