Quem ainda não conhecia, agora conhece. De uns tempos para cá, o presidente da todo-poderosa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, está nos lares dos milhões de brasileiros que costumam estar “ligados” à televisão no período noturno, assistindo um telejornal, uma novela ou outro programa. Não é propaganda gratuita, é paga mesmo. Por isso, é quase que inevitável pensar no valor de tantas “entradas” de Skaf na televisão brasileira: R$ 33,9 milhões gastos em comerciais de TV e rádio.
E para quê tanta exposição? Dizem que a finalidade é “bombar” a segunda posição de Paulo Skaf nas pesquisas para o governo de São Paulo, o maior orçamento estadual do Brasil. A presidência de Skaf abrange também as regionais do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), posto que lhe proporciona tremendo poder político no maior processo de produção do País. Não é pouca coisa.
A Fiesp se declara apolítica. Entretanto, as entidades presididas por Skaf movem a sociedade paulista e a sua candidatura está posta.
Interessa ao setor produtivo e que gera trabalho assumir o Governo do Estado de São Paulo? Claro, que sim.
O hoje favorito Alckmin está desgastado no poder e as coisas que tem para explicar lhe tiram tempo e força de campanha. Skaf não tem militância política, mas sua sigla, o PMDB, tem máquina para fazer essa travessia. Alguns já apostam que existe um cenário claro nas eleições de São Paulo, Alckmin e Skaf no segundo turno.
Aqui um exemplo de alguns desses comerciais