O Governo Federal, por meio de seus ministérios e agências reguladoras, precisa coibir os abusos das companhias aéreas no Brasil. Os passageiros são vítimas de um grande número de procedimentos que acabam gerando gastos desnecessários e desperdício de tempo.
Na última semana, o Ministério da Justiça acertou em multar as companhias TAM e Gol em R$ 3,5 milhões, cada uma, pela venda casada de passagens com o seguro de viagem. As empresas prometem recorrer e ainda pouco modificaram o procedimento de compra em seus sites. Quando esse tipo de situação acontece, o sentimento da população é de o abuso continuará acontecendo.
Foto: UOL Notícias
Passageiros ficam reféns de companhias sem ação concreta do Governo
Apesar de não ter sido multada, a Azul Linhas Aéreas utiliza sistema similar para fazer com que os passageiros menos atentos paguem pelo seguro viagem. A opção já aparece marcada durante a escolha do trecho da viagem e do preenchimento dos dados de quem vai viajar. Caso o usuário desmarque a opção e precise atualizar a página ou digitar novamente alguma informação, o seguro aparece novamente marcado.
Essa prática beira a má-fé e precisa ser coibida, afinal os passageiros não são palhaços. É preciso rever, também, a altíssima taxa de reserva de passagens, feitas por telefone junto às companhias, no valor de 30% sobre o total do bilhete aéreo.
Afinal de contas, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) existe para isso e não apenas para servir de cabide de empregos, como se viu recentemente nas investigações da Operação Porto Seguro. O mercado de turismo nacional está amadurecendo e, com isso, precisamos de uma regulação mais atenta e em prol da sociedade brasileira.
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