A cobertura da Rumo Logística, braço logístico da Cosan, no seu terminal de açúcar no Porto de Santos (litoral paulista), continua um mistério em termos de sustentabilidade ambiental. Isso porque ninguém consegue afirmar com certeza qual o sistema de filtragem e despoeiramento que a nova obra, de quase R$ 60 bilhões, terá.
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Em contato com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), a reportagem do Portogente perguntou sobre o sistema de filtragem e se o projeto tem licenciamento ambiental.
À primeira questão, por meio de nota oficial da assessoria de imprensa, a Agência Ambiental de Santos da companhia informou que “o novo projeto "Super Cobertura" da Cosan para o Porto de Santos visa principalmente o aumento de produtividade nas operações de embarque de produtos. O objetivo da cobertura é operar em dias chuvosos, o que atualmente não é possível”. Esta definição do empreendimento, inclusive, é dada pela própria Rumo em vídeo institucional.
Por outro lado, a Cetesb, em relação ao controle das fontes de poluição ambiental, afirma que vem atuando junto à empresa, “no sentido de impor à mesma, uma solução para seus problemas ambientais, principalmente na questão de emissão de material particulado para a atmosfera”.
Sobre se a “super cobertura” tem licenciamento ambiental a questão continua em aberto. “Mistérios” empresariais.