Há alguns seria impensável um Brasil como o que vemos neste ano de 2020.
A confusão é total. A geleia é geral. O País está num verdadeiro redemoinho político agravado por uma crise sanitária, sem precendentes, que já matou mais de 180 mil brasileiros e, infelizmente, ainda não sabemos quantas vítimas mais teremos. Como observa o médico infectologista Marcos Caseiro, em entrevista à imprensa, em 20 anos a dengue matou cerca de seis mil pessoas no País, a Covid-19, em oito meses, mais de 180 mil.
Enquanto que em outros países governos e comunidade científica se unem pelo bem maior que é a vida de todos (de todos!!!); em solo tupiniquim fazemos da morte pela Covid-19 um palco antecipado da disputa eleitoral de 2022. Ninguém é inocente nessa história, nem a sociedade! E a agência reguladora da ciência, a Anvisa, coloca em documento oficial a palavra "geopolítica" para falar sobre vacinas. Nunca antes! A Anvisa não é de um governo, é de uma sociedade, e precisa, deve se ater a questões científicas.
Imaginar que a economia vai crescer em meio aos destroços institucionais e políticos é quase que brincadeira de criança. Todavia, essa sem nenhuma graça e sem qualquer inocência.
Comemorar crescimento pífio de zero alguma coisa para uma economia como a brasileira é imaginar que somos todos tolos e estamos com nariz de palhaço em nossas caras.
Precisamos que os poderes institucionais e constitucionais - Executivo, Judiciário e Legislativo - deixem as brigas pelo poder de lado, e enxerguem o Brasil, os brasileiros, o desenvolvimento, a economia, a justiça social, a saúde, a educação, o bem-estar de todos. Com urgência, sob pena de não termos mais país num futuro próximo.