Na hora de comprar ou vender um veículo, todos nós procuramos pesquisar o valor do bem antes de fechar negócio. Atualmente, a maioria das pessoas tem usado a tabela FIPE como base de preço, antes de fazer a oferta de acordo com o pré-estipulado.
Porém, ao contrário do que se pensa, a tabela FIPE pode ser prejudicial algumas vezes, pois seu preço pode não estar de acordo com algumas vantagens específicas de cada automóvel, como o estado de conservação, por exemplo.
A polêmica do valor máximo
Como se sabe, a tabela FIPE divulga apenas o valor médio de cada veículo com base no modelo, ano de fabricação, potência do motor e quantidade de portas. Tal preço pode variar, tanto para mais quanto para menos, de acordo com a quantia que cada pessoa está disposta a pagar pela compra ou receber pela venda do automóvel.
Entretanto, um boato está cada vez mais ganhando força dentro do cenário automobilístico: a presença de um valor máximo na FIPE. Muitas vezes, isso ocorre devido a uma confusão provocada por algumas informações a respeito de que a tabela estaria estipulando um limite de preço na compra e venda de veículos.
Na verdade, cada um tem o livre-arbítrio em estipular o valor mais conveniente, sem se basear nos falsos limites pré-estabelecidos. Entretanto, é importante ter jogo de cintura e bom senso para não vender o automóvel muito caro, a ponto de ninguém querer comprar.
O uso da tabela FIPE pelas seguradoras
Em situações embaraçosas, quando um carro bate em outro ou ainda é furtado, normalmente costuma-se acionar a seguradora para pagar a indenização. A maioria das empresas de seguro automobilístico utiliza a tabela FIPE como parâmetro sobre a quantia exata do valor venal do veículo que sofreu algum dano.
Contudo, o valor estipulado pela tabela FIPE representa uma média nacional. Isso significa que um veículo à venda em um Estado pode custar mais caro se comparado a outro, ficando, portanto, acima ou abaixo da média. Por exemplo: se um Ford Ecosport SE 2.0 modelo 2017 estiver valendo R$ 69.507,00 na FIPE, em algumas regiões esse valor pode chegar a 65, enquanto em outras pode custar até 75 mil.
Como as seguradoras levam em conta o valor da FIPE, dependendo do lugar, o valor a ser recebido pelas companhias de seguro será menor do que o veículo custa naquela região.
Variação de valor todo mês
Muitos não sabem, mas a FIPE é preparada alguns dias antes do mês começar e, por essa razão, é levado em consideração os valores calculados até os dias finais do anterior. Isso mostra que, muitas oscilações de valor ocorridas próximo ao dia 30, não são captadas pela nova tabela.
É esse o motivo para a FIPE cogitar a possibilidade de realizar uma tabela a cada quinze dias ou até mesmo uma vez por semana, pois assim nenhuma oscilação de valor ficará imperceptível ou desatualizada durante quatro semanas, permitindo uma melhor representatividade nos números.
Compra e venda com base na tabela
A FIPE serve como parâmetro para muitas pessoas avaliarem se é vantagem ou não adquirir um veículo novo ou seminovo, à venda nas concessionárias e por terceiros.
Caso você estiver com algum automóvel em vista e o mesmo estiver custando um valor acima da média nacional, é preciso saber os motivos para isso estar ocorrendo. Nessas horas, precisa-se levar em conta fatores como estado da pintura, conservação interior, quilometragem rodada e até se o mesmo “está na moda” atualmente.
Agora, caso ocorra o inverso e o veículo estiver com um preço abaixo do normal, os motivos disso estar acontecendo precisam ser investigados detalhadamente, evitando arrependimentos quando o negócio estiver fechado. Muitas vezes, os carros com valores inferiores aos da FIPE apresentam alguns problemas relacionados a lataria, a um estado de conservação satisfatório ou foi vítima de algum acidente e, após a restauração, nunca mais voltou a ser o que era antes.