Desde que a Organização Mundial da Saúde decretou a pandemia até agora, aproximadamente 2,8 bilhões de pessoas estão vivendo com algum tipo de restrição imposta de diferentes maneiras dependendo do país.
Isso quer dizer que uma de cada três pessoas no mundo precisou modificar seus hábitos de alguma forma, sendo umas mais e outras menos drástica, para conter o avanço da pandemia do COVID-19.
Entre as medidas adotadas pela maioria do mundo está o distanciamento social, porém, por não ser obrigatório em algumas regiões, acabou que em apenas três meses o vírus infectou mais de 420 mil pessoas e matou quase 19 mil.
Segundo informa a BBC, “existem países que ameaçam prender ou multar quem sai às ruas sem autorização, outros que fecham estabelecimentos e recomendam que todos fiquem em casa. Há também governos que impõem toque de recolher noturno.”
De modo geral, o modelo adotado em quase 60 países depende do grau de disseminação que se encontra da doença na região, do contexto político e do alinhamento com as recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Devido a esses fatores, e pelo fato das pessoas estarem a maior parte do tempo em casa, as redes sociais ganharam força, pois são consideradas uma válvula de escape para que as pessoas possam se conectar com o mundo exterior. Além disso, também notou-se surgiur um crescente número pessoas trabalhando remotamente através das redes sociais, os social media.
Segundo dados da consultoria Kantar, apenas o Whatsapp teve um aumento de 76% devido ao coronavírus, sendo que os países que passam por uma situação mais grave da doença apresentam o maior aumento na quantidade de usuários do app.
No mesmo estudo ainda é feita análise relacionada ao Facebook e Instagram, onde mostra que ocorreu um aumento de 40% do número de usuários apenas no período estudado.
Além das redes sociais mais comuns como Facebook e Instagram, em entrevista para a revista EXAME, a diretora do Pinterest diz que o houve um crescimento histórico no número de usuários e interações durante as primeiras semanas da quarentena. Segundo afirma Mariana Sensini para Exame “Se há um retorno positivo, do ponto de vista empresarial, nunca tivemos um engajamento tão alto quanto agora. As pessoas têm buscado muitas dicas de alívio de estresse, atividades para fazer em casa, receitas fáceis, como trabalhar e lidar com as crianças em casa”
Além de usuários entediados por estarem muito tempo em casa, empresas decidiram utilizar as redes sociais como aliadas para alcançarem clientes e manterem seus negócios através de vendas online e entregas por delivery. Nesse cenário, agências de redes sociais viram uma grande oportunidade de negócio.
Outra rede social que ganhou peso durante a quarentena foi o TikTok, app chinês onde são feitos vídeos curtos, engraçados e interativos. Segunda informa reportagem feita pelo Terra, o TikTok já possui 500 milhões de usuários no mundo, é avaliado em 75 bilhões, e teve um “boom” de downloads desde que as pessoas se viram obrigadas a permanecer dentro de suas casas.
Atualizando a informação passada pela reportagem do Terra, o CanalTech informa que o App do TikTok já bateu o recorde de downloads da Play Store com 1 bilhão de instalações. Vale dizer ainda, que esse valor refere-se apenas aos celulares Android, sem contar os IOS que certamente quando somados aumentarão e muito esse valor.
Outro fator importante que fez que as redes sociais ganhassem força foram as Lives feitas por artistas com o objetivo de arrecadar dinheiro para doar aos mais afetados pela situação do coronavírus. Devido a esses shows online, ideia inovadora iniciada por Gusttavo Lima, cantor sertanejo, o Youtube também cresceu e ganhou força durante a quarentena.
Além das Lives, o Youtube também se mostrou eficiente e necessário para professores e alunos que precisaram manter suas atividades.
