Quinta, 28 Março 2024

Sem dúvidas, a logística e os envios são um ponto crítico no e-commerce. Ainda mais para aqueles que moram mais longe das grandes cidades, já que os custos, que já são altos, aumentam significativamente.

O processo de logística não inclui somente o transporte final, a chamada “última milha” que é o que normalmente se vê, mas também a recepção e o manuseio do estoque de produtos, a preparação do pedido, o envio e, caso necessário, a devolução e a troca.

Todas estas etapas devem estar integradas para que tudo o que aconteceu no “mundo virtual” se torne “real”.

A evolução natural do setor e a chegada da Amazon à região marcam uma nova etapa da concorrência e o Mercado Livre, grande jogador local, se prepara para o acontecimento.

Neste contexto, grande parte do êxito ou do fracasso dos marketplaces, parece depender da logística e dos envios.

Frente a este cenário, Javier Goilenberg -CEO e Co-fundador da Real Trends- plataforma líder em ferramentas de análise e gestão para vendedores do Mercado Livre e Sidney Zynger, Diretor de Marketing da Bling, um software de gestão empresarial, ERP para a micro e pequena empresa concedem sua visão acerca do panorama da logística pra o e-commerce.

 Quais são as dificuldades/desafios que os vendedores encaram no que tange a logística e envios no Brasil?

 “Com soluções de pagamento online já consolidadas, a logística é hoje o ponto de maior fricção para o e-commerce na região. Se forem feitos melhoramentos neste ponto, se evidenciará um forte crescimento no setor nos próximos anos. Na Argentina e no Brasil, o principal problema é que não existem soluções de correio eficientes, que possam suportar a demanda que o canal está exigindo.Tanto para os marketplaces, quanto para as lojas online de cada marca ou retailer, o problema consiste em que, a promessa de entrega não se cumpre (os envios chegam antes ou depois do informado pelo correio) e em algumas ocasiões, o pacote chega danificado. Isto prejudica seriamente a experiência do comprador e a imagem do vendedor e/ou marketplace. E é um grande problema para os vendedores porque são fatores que não dependem deles e não há alternativas”, descreve Goilenberg.

Com foco na geografia, para Sydney, ¨um dos desafios é o tamanho do Brasil. Num país de proporções continentais, é fundamental que o lojista tenha um planejamento muito bem feito para cumprir os prazos de entrega. Este planejamento envolve desde a compra de matéria-prima, até a escolha do meio de transporte mais adequado. Outro desafio é a logística reversa: Muito além da venda, o empreendedor também deve se preocupar com o pós-venda. Logística Reversa é o processo de troca e devolução de um produto comprado em um e-commerce¨.

Qual será o impacto no setor com a chegada da Amazon e outros players desse porte?

 Segundo Sidney, ¨para o consumidor, será uma situação benéfica, porque ele vai ganhar mais opções de compra e de comparação de preços. Para o empreendedor, também pode ser benéfico, já que ele também ganha mais uma opção de canal para vender seus produtos. A chegada da Amazon vai aumentar a competição, sobretudo entre os marketplaces. De acordo com o 37º relatório WebShoppers, da eBit, o ano passado foi marcado pela consolidação das vendas por meio de marketplaces. Levando-se em conta o mercado total de bens de consumo, incluindo sites de artesanato e sites de vendas de produtos novos/usados, o setor registrou um crescimento de 21,9% em 2017.”

 

“Tanto o Mercado Livre quanto a Amazon estão implementando na região seu modelo de Fulfillment. Isso permitirá que os vendedores possam enviar seus produtos a um depósito do marketplace é assim eles poderiam escolher o melhor provedor de logística para cada venda, otimizando custos e podendo negociar melhores preços de envios que favoreçam toda a operação. No entanto, também é vital que os provedores de logística realizem melhoras nos seus processos e serviço, de forma que os pacotes cheguem a tempo e forma ao destino. Atualmente, podemos ver que em países como Estados Unidos ou México, provedores de logística como a UPS ou Fedex funcionam como um relógio suíço, o que impulsionou fortemente as compras realizadas virtualmente” analisa o CEO da Real Trends.

Quanto a logística contribui para a experiência do consumidor? 

Na opinião de Goilenberg “Muitíssimo. O consumidor não distingue os responsáveis quando realiza uma compra online, simplesmente quer que o seu produto seja entregue nas condições que foram anteriormente prometidas. A logística no Brasil e na Argentina, com os problemas mencionados, atentam fortemente contra uma ótima experiência de compra e acredito que os principais players de ambos países (Mercado Livre, Amazon, Walmart, etc.)  deverão tomar a frente e intervir para que os provedores melhorem sua qualidade de serviço e infraestrutura. Na Real Trends permitimos aos vendedores do Mercado Livre gerir todas as suas vendas, podendo imprimir as etiquetas que devem colar nos pacotes para enviá-los, inclusive oferecendo opções como a impressão massiva de etiquetas para agilizar a tarefa”.

Como será o futuro do setor? A tecnologia trará melhoras significativas?

“Acredito que nos próximos anos a indústria da logística vai sofrer grandes melhoras. Os grandes marketplaces ajudarão os grandes players de logística a melhorar, mas especialmente vejo uma forte mudança vindo dos pequenos players com apps colaborativos. Estão surgindo no mercado diversos aplicativos que poderiam ser vistos como ‘o Uber dos envios’ como o Glovo, Rappi ou Droper, onde qualquer pessoa pode fazer entregas com seu carro, moto ou bicicleta e aquele que requer o serviço pode solicitá-lo on demand. A indústria dos correios está a ponto de ser transformada pela tecnologia, como vimos acontecer com tantas outras indústrias no mercado, por exemplo os bancos”, antecipa Goilenberg.

Por sua vez, Sidney, da Bling, conclui: ¨O e-commerce já se consolidou no Brasil, mas ainda tem muito a crescer no questão do transporte. Hoje, essa área é dominada pelos Correios, que realizam cerca de 90% das entregas. A tendência é o desenvolvimento de novos softwares e aplicativos que se integrem aos e-commerces, facilitem a inserção de novos players e ofereçam mais opções de entrega para clientes. Outro ponto de destaque, é que, embora os avanços tecnológicos tragam mais oportunidades de negócios, este cenário também vai exigir uma gestão mais eficiente por parte do empreendedor. Neste sentido, o uso de sistemas de gestão (ERP), como o Bling, auxilia bastante o empresário, porque permite automatizar muitas tarefas do dia-a-dia, como integrar o e-commerce aos principais marketplaces e plataformas logísticas do mercado.

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*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.

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