A movimentação de grãos nos portos brasileiros geram grande impacto ambiental. Na maior parte dos casos não há filtragem e as partículas em suspensão se espalham pelos ambientes ao redor. Diante disso, novos terminais e grandes projetos de reformulação das estruturas já existentes devem prever procedimentos que reduzam os impactos ambientais.
É o caso da cobertura nos terminais de açúcar da Rumo Logística no Porto de Santos, no litoral paulista, conforme vem destacando o Portogente. Não apenas este braço logístico da Cosan como outras companhias precisam incluir a redução dos impactos nas pautas de seus projetos. Consultada por nossa reportagem, a empresa garante que as novas esteiras que instaladas nos terminais de Santos "adotam sistemas modernos de despoeiramento e as esteiras existentes estão sendo todas reformadas para atender às melhores práticas ambientais".
De acordo com a Rumo, sem especificar a cobertura dos terminais, "há diversos projetos já implantados" nas operação com granéis que visam ao controle de particulados, seja nas moegas de recepção dos vagões e caminhões, nas linhas de embarque ou no cais durante a operação dos navios. Esses investimentos, informa a empresa, somam ium volume de aproximadamente R$ 400 milhões destinados ao controle de emissões no Porto de Santos.
A previsão é de que a cobertura fique pronta até o final de 2014. Atualmente, 95% das obras civis estão concluídas, com 5% das estruturas metálicas prontas. A Rumo estima um ganho de produtividade de 20% nos embarques de açúcar, já que não haverá paralisação em dias chuvosos, garantindo ainda a qualidade da carga.
Foto: www.rumologistica.com.br
Imagem projetada pela Rumo mostra como ficarão os terminais com a cobertura
Portogente já entrou com a assessoria de Comunicação da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que até agora não se manifestou sobre o assunto, para levar a público todo o detalhamento desse importante projeto de reformulação dos terminais da Rumo no porto santista.