Sábado, 18 Mai 2024
A Bolsa Oficial de Café foi inaugurada em 7 de setembro de 1922, durante as comemorações do centenário da Independência.
Além de ser um dos mais belos edifícios da Cidade, é considerado um dos monumentos de maior valor histórico pelo Condephaat.

O prédio foi criado para abrir a principal Bolsa de Café e Mercadorias do mundo, pois, na época, Santos era a maior praça cafeeira do planeta. Tudo nele sugere riqueza, a começar pelas mais de 200 portas e janelas; o pórtico em granito, enfeitado com as figuras de Mercúrio (deus do Comércio) e Ceres (deusa da Agricultura); a torre dos relógios, onde estátuas representam a indústria, o comércio, a lavoura e a navegação; as numerosas colunas, de diversos estilos. No andar térreo, estão as telas do ilustre pintor Benedicto Calixto, o pregão e o vitral.

A Bolsa Oficial de Café e Mercadorias (nova designação definida pelo decreto-lei 12.930, de setembro de 1924) teve seu auge entre 1917 e 1929, sentindo bastante os efeitos da crise econômica mundial iniciada com a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, que levou à queda gradual nas atividades da bolsa santista. Em 1937, foi fechada por tempo indeterminado e algum tempo depois foi reaberta, porém a decadência no comércio do café continuou se acentuando. Com o encerramento dos pregões em fins da década de 1970, o prédio foi ocupado parcialmente por repartições estaduais, pois seu estado de abandono impedia a ocupação plena.

No primeiro andar do prédio, ainda por muitos anos após o encerramento dos pregões, funcionou até o final da década de 1970 um requintado restaurante, onde eram comuns as reuniões periódicas de diversos clubes santistas, como o 21 Irmãos Amigos e o Rotary Club de Santos.

Em 22 de setembro de 1981, o prédio da Bolsa foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), garantindo oficialmente sua preservação. Restaurado a partir de 1996, atualmente funciona como Museu do Café.

A qualidade do café santista (resultante da mistura nos armazéns locais de grãos selecionados dos tipos arábica e robusta) e o fato de o Porto de Santos ser um dos principais portos exportadores do produto, com amplos sistemas de classificação do mesmo, determinou a criação do Café Tipo Santos, assim negociado em lugares como a Bolsa de New York.

Devido à intensidade dos negócios com o produto, era grande o movimento de comerciantes e exportadores na Bolsa Oficial do Café de Santos.

O café chegado em ferrovias ou procedente dos armazéns locais era embarcado nos navios, acondicionado em sacas de 60 kg, com o carregamento do produto no cais junto à estação dos compressores hidráulicos da Companhia Docas de Santos.

Da mesma forma como a capital do Amazonas, Manaus, tem sua principal edificação (o Teatro Amazonas) vinculada a um produto de origem vegetal (a borracha das seringueiras), A Bolsa Oficial de Café de Santos simboliza o principal produto agrícola movimentado por essa cidade portuária em todos os tempos: o café.

A Bolsa Oficial de Café foi a pioneira no Brasil e uma das primeiras do mundo, pois a Bolsa de Nova Iorque foi criada em 1881.

A Bolsa começou a ser idealizada em 1903 e foi instituída oficialmente em 1914, pelo decreto 1.416, mas com a eclosão da Primeira Guerra Mundial só foi instalada em 2 de maio de 1917.

Para a construção do prédio, foi estabelecida uma taxa de vinte réis por saca de café, vendida a termo. A execução das obras começou em 1920.

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