O Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP) está para ser lançado nos próximos dias, disse o ministro Helder Barbalho, da Secretaria de Portos da Presidência da República, nesta terça-feira (15/12) em palestra inaugural do III Seminário Portos e Vias Navegáveis - Um Olhar Sobre Infraestrutura, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.
O PNLP projeta um crescimento de 103% na demanda de movimentação de carga nos portos brasileiros até 2042, tomando 2014 como base. O ano de 2042 foi escolhido para a meta para permitir considerar os resultados dos contratos de 25 anos das concessões da nova fase iniciada com o leilão do dia 9 de dezembro, o primeiro de arrendamento de áreas portuárias do Programa de Investimento em Logística (PIL).
“Inauguramos, na última semana, um novo ciclo, um novo capítulo, para o setor portuário no País”, disse o ministro em referência ao leilão em que três áreas portuárias que foram arrendadas a investidores privados.
O novo ciclo é composto de 93 áreas a serem arrendadas no total, para as quais se prevê R$ 16,24 bilhões de investimentos que devem acrescentar capacidade de movimentar 319 milhões de toneladas por ano nos portos. A maior parte refere-se a projetos novos.
Helder Barbalho disse estar confiante em que o Brasil conseguirá atender a demanda futura. Lembrou que já há R$ 51,28 bilhões de investimentos em maturação, dos quais R$ 4,26 bilhões são públicos, em dragagem, e o restante, R$ 47,2 bilhões, são privados e devem gerar capacidade de movimentação de 678,2 milhões de toneladas de carga por ano.
“As capacidades atuais versus demandas futuras demostram claramente que, neste setor, o Brasil cresce, continuará crescendo e a participação do governo e da iniciativa privada são fundamentais para que possamos fazer frente as demandas de escoamento da nossa produção”, afirmou Helder Barbalho.
Por renovações e reequilíbrios contratuais, devem ocorrer investimentos de R$ 11,11 bilhões, com um aumento de capacidade de 79,8 milhões de toneladas por ano. Mais R$ 19,67 bilhões devem gerar capacidade adicional de 279,2 milhões de toneladas anuais por meio de investimentos em terminais de uso privado (TUPs). Uma parcela de R$ 14,32 bilhões dos investimentos em TUPs virão de empreendimentos já autorizados, que trarão um ganho de capacidade em 176 milhões toneladas e outros R$ 5,35 bi que trarão acréscimo de capacidade de 102,4 milhões de toneladas estão em processos a serem autorizados.