Andrea Falcone, CEO e Diretor Comercial da Arval Brasil, empresa especializada em gestão e terceirização de frotas leves subsidiária do Grupo BNP Paribas
A gestão eficiente de custos é uma das maneiras de uma empresa alcançar o equilíbrio financeiro. Em tempos de restrição orçamentária é a meta de muitos gestores manter as despesas sem exageros e com controle rigoroso. Esta gestão já é corriqueira em áreas que envolvem ajustes na folha de pagamento, treinamentos, redução de turnover, telefonia, viagens, seguros, entre outros. Tirando estes aspectos mais óbvios, passamos para outro que ainda não recebe tanta atenção dos gestores: os carros corporativos.
Terceirizar a frota é um ótimo caminho para alcançar resultados rapidamente. Primeiro porque os ativos investidos na frota própria são liberados e a empresa se capitaliza. Segundo, porque as companhias passam a se dedicar exclusivamente ao seu core business, sem dispender tempo ou recursos com a administração de planilhas, combustível, multas, revisões e tudo o mais que envolve a gestão de frotas.
Mas o sucesso desta estratégia depende da escolha certa dos fornecedores. Estar cercado de bons profissionais é fundamental porque são eles que estudarão os veículos ideais para sua companhia, considerando tanto o público usuário de carros quanto o perfil do negócio. Cerca de 30% das empresas que optam por terceirizar suas frotas acabam tendo uma visão equivocada do serviço justamente porque erram na escolha dos veículos para sua frota corporativa.
Adicionalmente, o carro entra no pacote de benefícios do RH com frequência, o que torna necessário a oferta de modelos mais confortáveis e com diversos opcionais, fazendo a diferença na negociação para atração ou retenção de profissionais mais cobiçados no mercado. Em geral, esses executivos preferem modelos Sedan e SUV. Da mesma forma, a equipe operacional precisa ter modelos mais robustos e adequados para o desempenho de suas funções, inclusive aptos a transportar suas ferramentas de trabalho. A exigência de carros blindados também deve ser avaliada com atenção.
Então, o que considerar na contratação de um modelo ou outro para sua frota? É importante observar tanto os custos aparentes quanto os não tão óbvios. Nem sempre o veículo mais barato é o melhor porque não basta só analisar o preço de tabela das montadoras. Na consultoria que prestamos aos clientes usamos a metodologia TCO (Total Cost of Ownership), ou Custo Total de Propriedade, que permite analisar o melhor custo-benefício de um determinado modelo, considerando consumo de combustível, capacidade de transporte, sinistralidade, eficiência da rede de pós-venda e segurança. Ou seja, mesmo que o preço inicial do carro seja mais baixo, a conta pode ficar mais alta considerando despesas como valor do seguro ou as manutenções obrigatórias.
O processo de análise do melhor modelo para sua empresa é trabalhoso porque pressupõe avaliar as parcelas projetadas de custo para cada um dos itens mencionados acima para cada modelo disponível no mercado. Trabalha-se com uma quantidade enorme de dados, que se alteram constantemente. Por isso, para se chegar a um resultado satisfatório, é imprescindível ter uma base de dados confiável e atualizada, usando o suporte de um sistema apto a produzir resultados analíticos de forma rápida e que ajudem na tomada de decisão.
E o TCO faz justamente isso. Se o critério do cliente for o custo, o TCO já aponta o modelo. Agora, a segurança para a tomada de decisão virá com a combinação do resultado do TCO somado à análise e experiência de consultores de frota. Pense nisso! A terceirização de frotas pode ajudar uma empresa a reduzir custos, além de oferecer um serviço de melhor qualidade e com maior satisfação para os condutores.