* Diretor de Operações da MXP Multimodal
Acabamos de definir um novo futuro para o Brasil e as turbulências pós processo eleitoral ainda provocam muita insegurança no mercado como um todo. As incertezas do futuro próximo ainda sem clara sinalização, paralisa as decisões de investimento na produção, assim como deixa o mercado financeiro vulnerável provocando também uma desvalorização cambial.
Acreditamos que isso tudo vai passar, mas até que aconteça uma previsibilidade mínima do cenário político, o setor de transporte irá usufruir neste fim de ano, apenas da elevação de demandas das festas sazonais, mas sem projeções claras para 2023.
Sabemos que a velocidade dos investimentos em geração de mais energia para dar conta do crescimento produtivo também terá impactos, não só na desaceleração construtiva e na geração de empregos, mas também na estrutura social principalmente nas regiões próximas aos novos parques eólicos e fotovoltaicos.
A equação disso tudo condiciona na redução de investimentos com consequente diminuição de postos de trabalhos reduzindo também o consumo e a produção. Sabemos que nem mesmo as exportações deverão compensar na redução do consumo interno, pois o mundo também vive uma crise por conta das influências da guerra da Ucrânia e dos efeitos persistentes da Covid.
O setor de transportes sempre foi muito resiliente e não podemos perder o otimismo e esperança, mas nossa parte nesse desafio está em tomarmos as rédeas para determinar o nosso futuro.
Nós, como transportadores, não somos somente um processo passivo de movimentação de produtos e mercadorias, nós também geramos riqueza, investimentos, empregos e estabilidade social.
O ano de 2023 será proporcional a intensidade daquilo pelo qual lutamos no dia a dia. Nós da área de transportes não somos diferentes de outros segmentos econômicos, mas fazemos parte do desejo comum da estabilidade e crescimento econômico. Esperamos que todos cresçam e que aconteça progressos com todas as mudanças que estão por vir.