* Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp)
As dificuldades de 2020 não desapareceram magicamente com a mudança do calendário; é preciso atuar efetivamente para superá-las e melhorar a vida de todos.
Entramos em 2021 com a pesada bagagem do ano que terminou – pandemia e crise econômica – e devemos usar todas as energias e esperanças renovadas desta fase para enfrentar tais dificuldades, buscando a melhoria das condições de vida da população.
O ano começa sob a égide da chegada das vacinas para o novo coronavírus que, além de poupar vidas, podem garantir a retomada das atividades sociais e econômicas, tão ansiadas por todos. Para que isso aconteça o mais rapidamente possível, já que não é tarefa fácil imunizar milhões de pessoas (bilhões, se pensarmos em todo o mundo), é necessário que haja uma coesão nacional.
Lamentavelmente, o início do processo deixa a desejar, com atrasos, falta de planejamento e desencontro de informações, não só para aquisição dos produtos, mas também do material necessário para sua aplicação. No entanto, nada impede que a rota seja corrigida e o conjunto dos governantes brasileiros atue de forma competente em torno dessa meta.
Podemos e devemos lançar mão de nossa expertise acumulada em programas de vacinação e da capilaridade existente graças ao Sistema Único de Saúde (SUS), nossa grande vantagem estratégica na luta contra a Covid-19 ao longo de todo esse processo.
Está aqui colocada também a agenda fundamental para prefeitos e vereadores empossados em todo o Brasil: cuidar efetivamente da saúde dos seus cidadãos, contribuindo com esse esforço.
Não há tempo ou espaço para disputas menores, trata-se de atender a população e retomar o andamento do País e sua economia.
Enquanto nos dedicamos a isso, é necessário garantir a sobrevivência dos milhões que ficarão na miséria com o fim do auxílio emergencial. Simplesmente, não há alternativa. Governo e Congresso devem retomar o benefício ou a tragédia social já instalada será ainda mais grave, atingindo proporções assustadoras e inadmissíveis. Não há regra fiscal que possa se sobrepor à necessidade de evitar a fome.
É tempo de enxergar a realidade e compreender prioridades. Comecemos 2021 com a determinação que a vida nos exige, trabalhando por saúde, paz social e desenvolvimento.
Um ótimo ano a todos nós!