Aldo Rebelo, ex-ministro do Esporte, agora da Ciência, Tecnologia e Inovação, pelo visto se meteu na primeira polêmica envolvendo a sua pasta. E cutucou, como diz o ditado popular, “onça com vara curta”. Nesses dias, ele recebeu uma “carta aberta” assinada por renomados físicos, geólogos, geógrafos, biólogos e engenheiros do País. O motivo seria “as posições críticas de V.Exa. sobre a tendência prevalecente nas questões climáticas, que atribui às atividades humanas uma suposta e não comprovada influência na dinâmica do clima nos últimos dois séculos, são de domínio público e têm motivado questionamentos à vossa nomeação para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tanto no Brasil como no exterior”.
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Nessa esteira crítica, os signatários do documento reiteram “que as discussões e a formulação das políticas públicas sobre as questões climáticas têm sido pautadas, predominantemente, por equivocadas e restritas motivações ideológicas, políticas, econômicas e acadêmicas – o que as têm afastado não apenas dos princípios basilares da prática científica, mas também dos interesses maiores das sociedades de todo o mundo, inclusive a brasileira”.
Eles afirmam que “não há evidências físicas da influência humana no clima global”. E prosseguem no ensinamento:
“As mudanças constituem a característica fundamental do clima, como demonstram as evidências referentes a toda história geológica da Terra – ou seja, o clima está sempre em mudança. Quanto à alegada influência humana no clima global, supostamente atribuída às emissões de compostos de carbono das atividades humanas, com a industrialização e a urbanização, ela teria que, forçosamente, amplificar as taxas de variação (gradientes) das temperaturas atmosféricas e oceânicas e dos níveis do mar, registradas desde a Revolução Industrial do século XVIII. Como não há qualquer evidência de que estas variações sejam anômalas, em relação às registradas anteriormente, no passado histórico e geológico, simplesmente, a propalada influência humana não pode ser comprovada.”