Quinta geração de serviço de rede mobile promete ser até 20 vezes mais rápida que a antecessora
A internet já foi apontada por diversos estudos como uma das maiores invenções de todos os tempos. Na era da informação, sabemos que a maior parte dela circula na rede mundial de computadores, mas os impactos da internet não seriam os mesmos sem a popularização da rede móvel.
Ter internet em computadores foi e continua sendo revolucionário quando o assunto é tecnologia digital, mas o acesso por meio de dispositivos móveis, em especial, os celulares, é apontado como o maior impacto na sociedade das últimas décadas. Contudo, a crescente distribuição dela cria demandas que deixam, de tempos em tempos, alguma utilização obsoleta ou insuficiente.
Esse é, aliás, o fenômeno que experienciamos neste momento. As redes que mais utilizamos nos dias atuais, o 3G e 4G, já não são capazes de suportar tão bem a quantidade de aparelhos conectados a elas. Exatamente por isso, o 5G promete sanar alguns problemas já existentes com suas antecessoras.
Breve histórico
Apesar de que, muitos de nós, só tenha ouvido falar do 3G e do 4G, a história começa um pouco antes. A primeira rede móvel existente foi o 1G. Ela era compatível com os telefones da primeira geração, que apenas faziam ligações, não haviam, nem sequer, serviços de SMS.
O 2G, então, veio alguns anos depois para solucionar essas questões. Assim como acontece hoje, seu desenvolvimento veio da incapacidade da rede anterior de atender às demandas da sociedade naquele momento. Assim, com o advento do 2G, mais celulares puderam estar ligados à rede. Entre muitos avanços, o mais notório e conhecido é o serviço de mensagem de texto ou short message service, o SMS.
Em seguida, experienciamos a novidade do 3G, que chegou ao Brasil em 2004. Foi a partir daí que os celulares se tornaram, de fato, um item cada vez mais presente na vida das pessoas. Pela primeira vez, foi possível acessar a internet no celular sem o auxílio de uma rede Wi-Fi. Isso deu lugar para um novo mercado imenso, incluindo o desenvolvimento de aplicativos.
O 4G veio em seguida, mas não substituiu completamente o 3G. Ainda hoje, existem aparelhos com a tecnologia de 2004. A principal diferença é a velocidade da internet. O 4G chega a ser tão veloz quanto o acesso por meio dos computadores via rede doméstica.
Chegada do 5G
As discussões em torno do 5G não são recentes. Há algum tempo, ouvimos falar dessa nova tecnologia de rede móvel. Como você já deve imaginar, um dos avanços dela em relação às anteriores é a velocidade da conexão com a internet, chegando a ser 20 vezes mais rápida.
Entretanto, assim como aconteceu com o 3G e o 4G, o 5G não vai substituir as duas anteriores por completo, que continuarão a existir, pelo menos, em um primeiro momento, o que, de maneira geral, é positivo.
Isso porque, com a migração de uma tecnologia para a outra, o número de usuários será mais bem distribuído, e isso vai tirar a sobrecarga atual experienciada pelas duas primeiras. Ao contrário do que se pode imaginar, o maior impacto do 5G acontecerá em dispositivos que não sejam os smartphones.
Isso porque, com a velocidade esperada, será possível que, literalmente, qualquer aparelho eletrônico tenha internet própria. Isso inclui geladeiras, fogões, máquinas de lavar e até carros.
Na prática, pode-se esperar que automóveis que se comuniquem entre si, para evitar acidentes, sejam possíveis ou, em uma esfera mais doméstica, que a casa inteligente não precise de Wi-Fi.
De volta para os celulares, porém, aqueles que desejarem ter o serviço em seus aparelhos deverão trocá-los. Isso porque nenhum modelo disponível no mercado brasileiro, hoje em dia, é compatível com a tecnologia. De qualquer forma, é esperado que praticamente todas as esperas, seja para carregar um vídeo ou fazer um download, serão inexistentes.
