Sábado, 20 Abril 2024

A pandemia de coronavírus deve colocar o mundo em uma recessão global. Países de todos os continentes vêm tentando mitigar os efeitos econômicos causados pelo surto, mas está bem difícil de segurar. No Brasil não é diferente, principalmente no mês de março, a Bolsa de Valores brasileira sofreu com o crescimento da pandemia no país.

O deságio de diversas empresas como a Petrobras foi forte. Segundo especialistas, só em 2020 a Bolsa de Valores perdeu mais de R$ 1 trilhão. Somente no mês de março deste ano, o Ibovespa despencou quase 30%. Como resultado do impacto negativo da pandemia, a maioria absoluta das ações entrou em queda.

O que contribuiu para que as quedas no Ibovespa?

O caos na Bolsa de Valores está sendo causado por diversos motivos. Antes de tudo, é preciso salientar que a queda nas ações não é algo que atinja somente o Ibovespa, pelo contrário, está espalhado pelos mais variados países do mundo.

Segundo especialistas, o primeiro impacto negativo para a Bolsa de Valores veio de fora. Nos primeiros sinais de instabilidade, a maior parte dos investidores estrangeiros abandonaram seus ativos no Brasil para buscar opções mais seguras, o que é natural no mercado. Sempre que aparecem crises, há uma movimentação maciça para ativos mais seguros.

Outro fator que tem contribuído bastante para a instabilidade do mercado é o desentendimento entre as autoridades brasileiras. As opiniões divergentes das autoridades do executivo sobre a necessidade do isolamento social e a demissão de dois ministros da saúde em um mês contribuem negativamente para o mercado de ações.

Empresas nacionais perderam metade do seu valor em apenas 30 dias

Com a instabilidade do Ibovespa, muitas empresas nacionais de grande porte viram seus valores de mercado caírem pela metade em apenas 30 dias. O coronavírus vem afetando todos os setores da economia, mas dependendo do segmento a situação pode se agravar ainda mais.

A empresa que mais sofreu com os impactos negativos do coronavírus em março foi a resseguradorra Irb Brasil que perdeu 70% do seu valor. Outro setor bastante afetado foi das empresas aéreas e de turismo. A Smiles foi a registrou maior perda, totalizando 62,32%.

Outras empresas do setor como a Azul e a Gol, também tiveram um desempenho negativo semelhante, perdendo 60,51% e 55,59% do valor, respectivamente. As empresa do setor devem ainda perder valor nos próximos meses, já que o setor é um dos mais afetados pela pandemia com a diminuição ou a proibição das viagens internacionais e domésticas.

As empresas de turismo também não ficam para trás, a CVC, uma das maiores agências viagens do país, perdeu 56,86% do seu valor. Empresas de aluguel de veículos como a Movida (-55,06%), a Locamerica (-50,43%) e a Localiza (-46,78%) também registraram fortes perdas em março.

O setor varejista também já sofreu com enormes perdas por conta da pandemia. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) informou que o comércio brasileiro já perdeu mais de R$ 53 bilhões em faturamento, por conta das medidas de isolamento social que levou ao fechamento das lojas.

Mesmo passando a atuar nas vendas online, as empresas não tiveram resultados para cobrir totalmente suas perdas. Nesse cenário, a ViaVarejo (Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com) perdeu 61,77% do seu valor em março.

Porém, as marcas que já tinham um e-commerce consolidado antes da pandemia como a Magazine Luiza (-22,82%) tiveram perdas mais brandas. O analista-chefe da Toro Investimentos, Rafael Panonko explica que o impacto não depende somente do setor, mas das características de cada empresa.

O setor de educação, apesar de não ter influência direta na pandemia também vem sofrendo com as quedas. Em março, a Cogna perdeu 60,36%, a Yduqs (Estácio) caiu 57,28%. Em relação ao setor, Panonko ressalta que a crise faz com que as pessoas tenham que priorizar gastos e assim acabam deixando os estudos para o pós-crise.

Confira a lista das ações que mais caíram em março deste ano na B3:

Ativo IRBR3 da Irb Brasil (-70,89%)

Ativo SMLS3 da Smiles (-62,32%)

Ativo VVAR3 da ViaVarejo (-61,77%)

Ativo AZUL4 da Azul S.A. (-60,51%)

Ativo COGN3 da Cogna ON (-60,36%)

Ativo PRIO3 da Petrorio (-57,61%)

Ativo YDUQ3 da Yduqs (-57,28%)

Ativo CVCB3 da CVC Brasil (-56,86%)

Ativo GOLL4 da Gol (-55,59%)

Ativo LIGT3 da Light (-55,51%)

Ativo MOVI3 da Movida (-55,06%)

Ativo RAPT4 da Randon (-53,34%)

Ativo CYRE3 da Cyrela (-52,63%)

Ativo BPAC11 do Btgp Banco (-50,80%)

Ativo LCAM3 da Locamerica (-50,43%)

Para os especialistas, o pior já passou, mas a expectativa de uma recuperação econômica ainda está longe. Segundo Panonko, a maior parte das ações devem ser manter em baixo no curto prazo e que só é possível prever o futuro após a pandemia estiver controlada no Brasil, aí sim serão revelados os efeitos da paralisação brusca das atividades econômicas.

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.

Deixe sua opinião! Comente!
 

L'Oréal Paris Elseve Óleo Extraordinário

 

 

banner logistica e conhecimento portogente 2

EVP - Cursos online grátis
seta menuhome

Portopédia
seta menuhome

E-book
seta menuhome

Dragagem
seta menuhome

TCCs
seta menuhome
 
logo feira global20192
Negócios e Oportunidades    
imagem feira global home
Áreas Portuárias
seta menuhome

Comunidades Portuárias
seta menuhome

Condomínios Logísticos
seta menuhome

WebSummits
seta menuhome