Terça, 16 Abril 2024

Uma das principais preocupações dos brasileiros hoje é a segurança. Em casa, nas ruas, no shopping ou em qualquer lugar é difícil sentir-se completamente em paz e tranquilo. De acordo com a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, a inquietação com o tema dobrou em um ano, saltando de 19% em dezembro de 2016 para 38% em dezembro de 2018. 

O crescimento da violência é tamanho e tão vertiginoso que também chegou às escolas. Antes registrando apenas casos esporádicos de furtos ou outros crimes de menor escala, essas instituições passaram a ser alvo de invasões e tiroteios, como o que ocorreu em março deste ano na escola Raul Brasil em Suzano. Um levantamento feito pelo Ibope Inteligência feito em cinco capitais e no Distrito Federal mostra que os pais estão mais preocupados com a segurança dos filhos dentro das escolas do que com o ensino oferecido pela instituição. Quase 90% dos entrevistados afirmaram que priorizam a proteção dos filhos na hora de buscar por uma escola ou faculdade.

É fato que, além de transmitir conhecimento e formar cidadãos, as instituições de ensino possuem o dever de assegurar a proteção, a segurança e o bem-estar de seus estudantes, corpo docente e colaboradores dentro e fora do ambiente escolar, protegendo seu espaço físico e seu entorno. Buscando meios de minimizar os riscos, muitos colégios e universidades investem em tecnologias de ponta para controlar e monitorar os acessos aos prédios.

Entre as alternativas utilizadas estão complexos sistemas de monitoramento em vídeo, alarmes e, principalmente, opções de controle de acesso, as já conhecidas catracas. Instaladas nos pontos de entrada e saída dessas instituições, elas ajudam a organizar o fluxo de pessoas, limitando quem pode ou não circular naquele espaço. Por meio da integração com outros equipamentos, como leitores de digitais ou cartões personalizados, esses equipamentos ajudam a distinguir alunos, professores e outros empregados dessas instituições de possíveis invasores.

No caso de entrada temporária de visitantes, sejam eles pais, funcionários terceirizados ou prestadores de serviço, esses controles também garantem uma efetividade maior no acompanhamento dos acessos. Isso porque permitem uma integração para cadastro dos dados do visitante de forma que seu acesso tenha uma validade especifica – a qual será definida pela escola.

Preocupação maior com os pequenos

A segurança em uma instituição de ensino não é um diferencial. Já se tornou exigência, tanto para garantir a tranquilidade dos pais, quanto para acalmar quem está dentro desse ambiente. O Ensino Fundamental I é onde essa preocupação fica ainda mais latente. Lidando com crianças de 6 a 10 anos, em sua maioria, é preciso investir em uma gestão extremamente cuidadosa, principalmente em relação às saídas dos pequenos.  

O controle de acesso em escolas que atendem esse perfil pode trazer algumas soluções bastante assertivas. A ativação das catracas, por exemplo, pode ser permitida somente na presença dos pais. Se a criança tentar passar o cartão ou inserir sua digital em outro contexto, sua saída será bloqueada. Nesse caso, o pai, a mãe ou o responsável pelo menor são quem autoriza, com o próprio cartão, essa saída. O sistema reduz consideravelmente as chances de a criança ser levada por algum indivíduo não autorizado.

Outra solução consiste na integração do controle de acesso com o smartphone do responsável pela criança. Por meio de um aplicativo com software integrado aos controles de acesso, é possível saber a localização exata dos pais ou da pessoa autorizada a buscar os pequenos. Assim, quando esse indivíduo entra no raio da escola, o cartão do filho fica automaticamente liberado para passar na catraca, o que auxilia muito em relação ao tempo de espera, trânsito e, também, no aumento do nível de segurança.

Ainda sobre a questão de crianças pequenas, é importante ter certa cautela na hora da escolha dos equipamentos que vão ser instalados nas unidades de ensino. O uso da catraca convencional de quatro ou três braços não é aconselhável já que, ao final do giro, há um pequeno solavanco do aparelho, que pode bater nas costas ou na nuca do aluno pequeno. Para evitar esse tipo de situação, o ideal é investir em controle de acesso com amortecimento de giro, como já acontece na maior parte das tradicionais escolas de grande porte de São Paulo. Esse sistema permite uma rotação mais suave, não causando o solavanco e, consequentemente, inibindo o risco de atingir na criança.

Universidades também investem em segurança

Ao contrário do que acontece nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, a instalação de controles de acesso nas universidades suscita discussões acaloradas. Se por um lado muita gente concorda que é necessário o controle de fluxo de pessoas por uma questão de segurança, outros alegam que esse tipo de tecnologia restringe os frequentadores dos espaços e até os afasta. Um dos mais conhecidos imbróglios neste sentido foi o da Universidade de São Paulo. Desde 2011 um projeto tentava instalar as catracas nos acessos dos campi, sem sucesso. Somente em março deste ano, após uma série de incidentes, a implementação dos aparelhos foi concluída, mesmo contrariando grande parte do corpo estudantil.

Apesar das críticas, na atual conjuntura do país, onde uma pessoa é vítima de violência a cada cinco minutos, universidades públicas e privadas precisam investir nos controles de acesso. Não se trata de segregação ou bloqueio por assuntos comuns como inadimplência, mas de uma alternativa se segurança que visa, verdadeiramente, trazer um pouco mais de tranquilidade aos estudantes.

Essas soluções, combinadas com contratação de equipes de segurança, por exemplo, ajudam a garantir a proteção de todos os envolvidos na operação de determinada instituição de ensino. Cada vez mais, a segurança vem sendo valorizada, tanto pelos pais, quanto pelos alunos, e o controle de acesso é uma parte imprescindível dessa movimentação.

 
   

*Alan José Lourenço é engenheiro eletrônico, com MBA em Gestão Comercial pela FGV. Atualmente é gerente Nacional de Vendas na Wolpac Sistemas de Controle, onde atua há mais de 13 anos.

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