Domingo, 15 Junho 2025

Caros leitores,
Hoje, na continuidade do tema “fatores que influenciaram o comércio internacional”, começaremos a abordar o desenvolvimento, a evolução e a especialização dos navios em função do tipo de carga transportada.

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Como todo veículo, os navios são construídos com o objetivo de atender às necessidades específicas do transporte de determinadas mercadorias.

* Classificação, características e terminologias dos navios

Assim, temos navios próprios para o transporte de mercadorias embaladas (unitizadas ou fracionárias) e a granel (sólidos ou líquidos). Exemplificamos a seguir os principais tipos de navios, ressaltando suas peculiaridades:

Cargueiros
São navios construídos para o transporte de carga geral. Normalmente, seus porões são divididos horizontalmente, formando o que poderíamos chamar de conveses (decks), onde diversos tipos de cargas podem ser estivadas ou acomodadas para o transporte. São também chamados de navios convencionais, com a finalidade de diferenciá-los dos navios destinados ao transporte de mercadorias específicas.

Em geral, esses navios operam como “liners”, isto é, oferecem um serviço regular. Assim, necessitam ter velocidade condizente com suas operações para manter a regularidade das escalas.

Mistos
Os chamados “paquetes” eram navios para o transporte de carga e passageiros. Atualmente, com a concorrência do transporte aéreo e dos navios de cruzeiros, a tendência desse tipo de navio é desaparecer, se não já desapareceu.

Graneleiros

São navios destinados ao transporte exclusivo de granéis sólidos. Seus porões, além de não terem divisões, são providos de cantos arredondados para facilitar a estiva da carga (self trimming). A maioria desses navios opera como “tramp”, isto é, não mantém linhas regulares.

Pelo fato de serem destinados ao transporte de mercadoria de baixo valor, os graneleiros são construídos de forma a proporcionar um baixo custo operacional e, em decorrência disso, sua velocidade é bem inferior à dos navios convencionais. Além disso, eles não necessitam de cábreas ou guindastes de maior porte, uma vez que sempre operam em portos dotados de aparelhagem de carga e descarga (shiploaders, sugadores, etc.).

Referência bibliográfica
SANTOS, José Clayton dos. O Transporte Marítimo Internacional. 2a edição. São Paulo: Ed. Aduaneiras, 1982.

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