O setor importador do Espírito Santo registrou uma queda de 22% nos negócios realizados no primeiro trimestre deste ano, no comparativo com o mesmo período de 2014. Levantamento feito pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado (Sindiex) aponta que o resultado das importações, de US$ 1,46 bilhão, foi o pior dos últimos cinco anos.
Embora o crescimento econômico global tenha se mantido no mesmo nível do ano anterior, com 3,4%, a Hamburg Süd finalizou o período com os embarques de contêineres apresentando um aumento considerável, em torno de 5,4% (3,6% em 2013). No entanto, a capacidade de slots disponíveis nos navios também teve incremento, superando o volume transportado de contêineres. Consequentemente, não foi possível reduzir a capacidade excedente e o frete registrou queda na maioria dos mercados. Um efeito positivo foi o preço do combustível, que caiu consideravelmente em relação ao quarto trimestre de 2014.
Portogente se debruça de forma holística no mundo portuário, sem preconceitos e com imparcialidade. Por isso, aqui temos as vozes dos empresários, dos especialistas, dos acadêmicos, dos trabalhadores. Todos estão convidados a falar e debater, de forma séria e democrática, esse mundo tão apaixonante chamado porto. Nesta semana, o nosso convidado especial é Luiz Fernando Barbosa Santos, trabalhador portuário avulso conferente de carga e descarga, representante dos trabalhadores junto ao Conselho da Administração Portuária (CAP) do Espírito Santo e assessor da Intersindical da Orla Portuária capixaba. Ele é dono de uma inteligência e sapiência ímpar sobre os portos e todas as suas interfaces. Nesta primeira parte de uma boa e grande entrevista, Santos falará sobre quem é o trabalhador que hoje executa sua faina no "chão portuário".
Acontece em agosto próximo, o Fórum de Infraestrutura para o Desenvolvimento do Transporte Aquaviário, em Brasília. A expectativa dos organizadores do evento é que, nesta terceira edição, é reunir operadores, investidores, usuários, fornecedores de equipamentos e tecnologia para debater com a agências reguladoras e governo temas que possam destravar todo o setor. Em sua segunda edição, o fórum alcançou o status de ponto de encontro anual do setor, reunindo mais de 80 executivos para debater a necessidade de investimentos e a regulação desses modais.
Após um ano e meio operando apenas com fertilizantes, o Porto de Antonina recebeu nesta semana um segundo navio para carregar açúcar. Foram embarcadas 14 mil toneladas do produto, com destino a Mauritânia, no oeste da África.Agora já chega a 28 mil toneladas o volume embarcado até abril – mais que a movimentação do produto ao longo de 2013 e 2014. A expectativa para este ano é que sejam carregadas 200 mil toneladas pelo terminal. De 2007 a 2009, não houve movimentação do produto em Antonina.A operação com açúcar está sendo possível graças aos investimentos, de R$ 70,6 milhões, feitos nos últimos quatros anos pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) no complexo portuário - que inclui o terminal Barão de Teffé e terminal Ponta do Félix. “Estamos devolvendo condições de competitividade ao porto de Antonina, que tinha ficado quase 40 anos sem investimentos públicos”, afirma o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.A obra de dragagem, o mais importante deles, aumentou a profundidade do canal de acesso ao porto de 7 metros para 9,3 metros. Com a dragagem, navios passaram a operar em sua máxima capacidade.Nos navios de fertilizantes, a capacidade de carregamento em Antonina passa de 18 mil para 30 mil toneladas. No caso embarque de açúcar, a movimentação potencial passa de 14 mil toneladas para 20 mil toneladas.“Estamos trazendo mais operações para Antonina e movimentando mão-de-obra e serviços locais que trazem inúmeros benefícios econômicos ao município”, afirma o diretor do Porto de Antonina, Luís Carlos de Souza,Este segundo navio chega ainda no período de entressafra da colheita de cana. “Com o aprofundamento do canal, já estão sendo negociados navios com quantidades de 25 mil toneladas a serem embarcadas pelo terminal”, afirma o diretor da MPAX Logística e Participações, Marcelo Alves. A empresa é a responsável pelo embarque de açúcar por Antonina ao longo de 2015.O diretor comercial do Terminal Ponta do Félix, Cícero Simião, ressalta que o navio Skyros, que vai descarregar o açúcar ensacado na Mauritânia, bateu recorde de produtividade nos primeiros dias de carregamento. Em apenas um turno de seis horas, foram embarcadas 1,2 mil toneladas de açúcar. “Estamos mais uma vez mostrando o potencial do terminal, elevando a sua capacidade para 4 mil toneladas por dia”, afirma Simião.PORTO-CIDADE - A Administração do Porto de Antonina também tem trabalhado para promover uma melhor interação entre porto e a cidade. Com o aumento da movimentação de cargas, mais caminhões chegam ao município para carregar e descarregar. Para que o fluxo não seja prejudicial para os moradores, o porto tem disponibilizado e capacitado o Pátio de Triagem do Terminal Barão de Teffé para as operações portuárias.Em momentos de pico, cerca de 200 caminhões passam pelo pátio, deixando livres as ruas do município. A Associação dos Moradores do Bairro da Ponta da Pita chegou a publicar uma carta de agradecimento à diretoria do porto em agradecimento.“Hoje, com a nova logística nas operações portuárias, vemos o trânsito fluir normalmente e de forma ordenada”, diz a carta, assinada pela presidente da associação, Edinéia Orlandino Calderon.Ela ressalta que a atual administração do porto tem se preocupado com a qualidade de vida, saúde e segurança dos moradores do entorno do porto.HISTÓRIA - Desde o primeiro trapiche construído em 1856, o Porto de Antonina sempre foi fundamental para o escoamento da produção paranaense. Naquela época, o principal produto do Estado era a erva-mate.Dezessete anos depois, em 1873, com a inauguração da Estrada da Graciosa e da linha férrea - que ligam o município à Curitiba - o terminal portuário intensificou as atividades e chegou a ser, no início do século XX, um dos mais importantes portos do país em exportação. Movimentou variadas cargas das quais, no final dos anos 1990, permaneceram os congelados, minérios de ferro e fertilizantes.Localizado em um ponto estratégico do Estado, o Porto de Antonina atualmente amplia a agilidade e qualidade dos serviços do Porto de Paranaguá, principalmente no recebimento de fertilizantes.O terminal em Antonina tem vocação para atendimento a embarcações que fazem fornecimento a outros navios (supply-boat), na exploração da camada do pré-sal, e capacidade de instalação de indústria de construção, reparo e manutenção naval.