O porto de Suape está localizado entre as cidades de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, municípios estes pertencente a região metropolitana de Recife, no estada de Pernambuco, Brasil. Sua área total construída é de 13,5 hectares, nas quais encontram-se berços de operação voltado para granéis líquidos e sólidos, contêineres e cargas gerais, podendo ser definido como um porto multiuso.
Imagem: Divulgação / Porto de Suape
Porto é o principal do Nordeste brasileiro e um dos mais importantes do País
Histórico
O porto começou a ser desenhado na década de 60, quando foi concebido o conceito de um porto indústria para o Nordeste brasileiro, de forma que o complexo por si só gerasse sua demanda operacional e não só dependesse da demanda externa. Suape foi a área escolhida por diversos fatores estratégicos que gerariam vantagens competitivas, tais como a existência de águas profundas naturalmente junto a costa e longe dos arrecifes, que formam um quebra mar natural, diminuindo a ação das marés no porto e distância da movimentação intensa da região metropolitana do Recife, o que poderia provocar obstáculos no fluxo de mercadorias. Em 1973, o plano piloto foi elaborado, com o lançamento da pedra fundamental sendo realizado em 1974.
No ano de 1978, foi criada a empresa Suape – Complexo Industrial Portuário, que é a administradora portuária. Suas primeiras operações de costado foram realizadas no ano de 1983, em carregamentos de álcool da Petrobras, no Píer de Granéis Líquidos (POL 1). Um dos principais marcos da história do porto ocorreu com o acidente no porto de Recife em 1986, onde um navio porta combustíveis pegou fogo em plena operação: o então governador do estado de Pernambuco, Roberto Magalhães, decretou que todas as empresas operadoras de cargas de combustíveis operassem em Suape. Com isso, o porto foi, de certa forma, obrigado a expandir suas instalações de modo que a demanda fosse plenamente atendida.
Já na década de 90, o porto foi incluído na lista dos principais do país pelo governo, o que angariou novos recursos que permitiram a construção do porto interno, com 925 metros de comprimento, 300 de largura e 15,5 metros de calado natural.
Na década de 2000, foram investidos mais de USD 17 bilhões no complexo, o que consolidou a posição de Suape como principal porto do Nordeste brasileiro.
Infraestrutura
- Cais 1: público, com 275 metros de extensão e voltado para as operações de carga geral, com predomínio de operações com minérios em geral.
- Tecon Suape: possui 935 metros de extensão, com calado natural de 15,5 metros, o que permite a operação de grandes navios porta contêineres. Equipado com 4 portêineres (2 post Panamax e 2 Panamax), 10 reach stackers e 8 transtêineres, com 520 espaços para a conexão de contêineres reefer.
- Terminais de granéis líquidos: PGI 1 (330 metros de extensão) e PGI 2 (386 metros de extensão). Têm capacidade para operar navios entre 45 mil (PGI 1) até 90 mil (PGI 2) toneladas de porte bruto.
Além disso, o porto possui estocagem flutuante de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), realizada por um navio com capacidade de 75 mil metros cúbicos. A armazenagem junto ao cais industrial consiste em dois pátios cobertos destinados a contêineres, de área total 25.000m2, para 1.642 TEU's.
Movimentação de cargas e navios
O ano de 2013, até então, é o mais movimentado da história do complexo. Os resultados, principalmente no terceiro trimestre, evidenciam a constante expansão do complexo. No total, 3.624.653 de toneladas circularam pelo local, o que representa uma alta de 24,5% na comparação com o mesmo período de 2012, quando a movimentação atingiu 2.911.526 de toneladas. O último recorde registrado pela administração do porto ocorreu no quarto trimestre de 2011, com 3.322.533 toneladas.
O movimento de navios no terceiro trimestre também bateu recorde. Foram 369 atracações, 2,7% a mais que o último recorde registrado, que tinha sido de julho a setembro de 2011. No terceiro trimestre de 2012, o volume de embarcações foi de 334 navios. De janeiro a setembro de 2013, 1.029 navios atracaram no Porto de Suape. No acumulado de 2011, tinham sido 992 navios. E no acumulado de 2012, de 986 navios. Já a movimentação de contêineres registrou uma alta de 1,8% no acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2012. Nesses nove meses, mais de 300 mil TEU's passaram pelo porto. No terceiro trimestre, apresentou uma leve queda de 2,6%. No período, foram 100.271 mil TEU's movimentados.
Mais informações na seção Portos do Brasil, e no site do complexo.
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