As apresentações no recente 6º Encontro de Logística e Transportes promovido pela FIESP mostram que apesar da incorporação do termo logística ao tema, ainda falta muito para uma visão efetivamente logistica. Não se superou a predominância da perspectiva de transportes segundo os seus diferentes modos, ainda segmentados. Há toda uma preocupação sobre a competividade de cada modo de transporte, quando o problema maior é o custo logístico de movimentação de cargas ou pessoas, da origem ao destino final, podendo ser intermodal. Só o rodoviário consegue ser unimodal.
A visão logística deve ter como base uma origem, um destino e uma direção, rota, corredor ou eixo.
Os custos assim como a competitividade são dos corredores e não de cada modo de transporte.
A competitividade do Porto de Santos não faz sentido sem considerar o custo logístico dos principais eixos e cargas que chegam ou saem do porto.
O eixo da soja, com a produção concentrada no centro-oeste tem que considerar três corredores básicos: centro produtor até Santos; centro produtor até Paranaguá, centro produtor até São Luis e ainda do centro produtor até Santarém. A cada um desses deve ser agregado o custo logístico até o seu destino final, passando por um porto até chegar à unidade industrial.
O corredor de soja para exportação a uma unidade européia, passando pelo Porto de Santos é mais competitivo que os demais?
O mesmo raciocínio vale para o etanol, onde o corredor poderá ser predominantemente por dutos.
E para os produtos industrializados? Quais são os corredores que precisam ser comparados em relação à sua competitividade em função do custo logístico?
O custo logístico deve acompanha o ciclo de vida total do produto, incorporando-se ao seu custo e valor.
O porto competitivo é aquele que está dentro de um corredor competitivo.
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