Sexta, 19 Abril 2024

A partir de 2015, o Porto de Salvador vai exportar a safra de algodão produzida no Oeste do Estado, resultado de uma ampla ação comercial desenvolvida pela Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) e o Terminal de Contêineres de Salvador (Tecon), junto aos produtores da região. A nova rota vai permitir aos produtores uma economia de até 41% no frete, em relação aos custos que mantém para exportar o produto através do Porto de Santos, atualmente, o principal exportador da safra baiana.

“Inicialmente vamos exportar um volume que seja viável para o primeiro ano e aumentarmos o volume em aproximadamente 30% ao ano, para que entre três a cinco anos tenhamos a totalidade do algodão baiano exportado via Salvador”, explica João Victor Brugnera, da Libero Commodities, trading que tem entre os seus acionistas os principais produtores de algodão do Estado.

O acordo para a exportação do algodão em contêineres, através do Porto de Salvador foi selado num encontro em Luis Eduardo Magalhães, com a participação de dirigentes da Líbero Commodities, Associação Baiana dos Produtos de Algodão (Abapa), Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) e representantes da Codeba, Tecon e da empresa CMA CGM, representando os armadores interessados na operação.

O presidente da Codeba, José Muniz Rebouças considera que o acordo firmado é reflexo da “agressiva política comercial” desenvolvida nos últimos cinco anos voltada para ampliar e diversificar as cargas movimentadas através dos portos públicos baianos, mas também, sobretudo no caso do Porto de Salvador, dos investimentos realizados em infraestrutura, “que tornaram mais eficiente as operações, trazendo maior competitividade em relação aos portos de outros estados”. 

De fato, o representante da Libero Commodities avalia que “O Tecon Salvador e a CMA CGM apresentaram sua estrutura e capacidade que são perfeitamente apropriadas para atender a demanda do algodão baiano”. Aliado a essa questão conta a favor do Porto de Salvador o fato de que para chegar a Santos o algodão produzido no Oeste Baiano percorre cerca de 1.600km de rodovia, sendo que a distância para a Capital baiana é de aproximadamente 1.000km, o que implica na redução no preço do frete estimada em até 41%.  

Para o vice-presidente da Aiba, Celestino Zanella, a logística atual precisa ser repensada. “Do modo como se faz hoje, o gasto final para o produtor é grande. Buscamos uma redução de custos em torno de 25%, envolvendo todo o processo, e percebemos que se criamos alternativas e conciliarmos estratégias, podemos realizar esta operação pelo Porto de Salvador obtendo bons resultados”, considera.


De acordo com Patrícia Iglesias, diretora comercial do Tecon Salvador, a empresa do Grupo Wilson Sons participa de encontros com os produtores na região há cerca de quatro anos, levantando seus pleitos e fazendo a intermediação com tradings e armadores. Este último encontro resultou em um plano piloto para 2015, que tende a se consolidar com a evolução das estratégias propostas pelas instituições presentes. 

O presidente da Codeba lembrou que o Terminal de Contêineres de Salvador já opera com a exportação de frutas produzidas no Vale do São Francisco. Ele acredita que outros tipos de cargas vinculadas ao agronegócio também vão ser incluídas na pauta de movimentação do Porto.

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