Quinta, 28 Março 2024

Fonte: Valor Econômico

Por Carolina Mandl | De São Paulo
Regis Filho/Valor / Regis Filho/ValorPortela, presidente do Santander Brasil, prevê que banco atingirá sua "velocidade de cruzeiro" em meados de 2012

Enquanto na Espanha foram as perdas para créditos imobiliários que roubaram a cena na divulgação do balanço do Santander, aqui no Brasil provisões de quase R$ 1 bilhão para processos trabalhistas roubaram boa parte do brilho dos números.

O banco registrou no último trimestre de 2011 um lucro líquido de R$ 867,3 milhões, 4,4% superior àquele registrado um ano antes, pelo padrão contábil brasileiro. No acumulado do ano, o resultado ficou em R$ 3,55 bilhões, com uma queda de 7,9% ante 2010.

O Santander Brasil separou em seu balanço R$ 962 milhões em outubro para eventuais perdas em processos movidos por funcionários. O valor supera o ganho que o Santander teve em outubro com a venda das operações de seguros na América Latina para a Zurich, que foi de R$ 649 milhões. Por meses, especulou-se que esse dinheiro poderia se converter em dividendos aos acionistas. Esse ganho, porém, acabou ofuscado pelas provisões.

Segundo Marcial Portela, presidente do Santander Brasil, o objetivo do banco foi ser conservador em relação a um ganho não recorrente, acelerando os processos que têm origem ainda na integração entre Santander e ABN Amro Real. "Usamos os ganhos com eventos extraordinários de maneira conservadora, para melhorar a performance do banco", disse.

  

O banco já vinha alertando seus investidores que o lucro com a venda da seguradora não se transformaria em dividendos, mas, mesmo assim, o volume causou surpresa. "Do lado operacional, o banco veio com números em linha com o esperado, mas no item ’outras despesas’ o Santander veio acima do previsto", afirmou o analista Mario Pierry, do Deutsche Bank.

A carteira de crédito cresceu 19,2% no ano, pouco acima da média do mercado, atingindo R$ 197 milhões em dezembro. Na evolução trimestral, a expansão foi de 4,6%, abaixo dos 5,5% registrados pelo sistema, mas acima do concorrente Bradesco, que ficou com 3,1%. Além disso, conforme já mostraram os dados do Banco Central, o destaque dos últimos meses do ano ficou por conta da maior passada que os bancos públicos deram no ritmo de concessões.

Desde o início de julho do ano passado, o Santander vem acelerando seus desembolsos, uma promessa feita ainda em 2009, quando o banco fez uma bilionária oferta de ações em bolsa.

O banco considera, porém, que só atingirá aquilo que chama de "velocidade de cruzeiro" a partir de meados deste ano. "Por um período, o banco cresceu abaixo do mercado. A explicação para isso é que, por um tempo, o Santander esteve menos focado na realidade de seus clientes, mais voltado para a integração", disse Portela.

Apesar disso, o banco ainda não mudou sua projeção para o crescimento da carteira de crédito em 2012, que deve ficar entre 15% e 17%, conforme números divulgados em setembro do ano passado. "Talvez seja cedo para anunciar uma mudança, mas podemos rever esse índice", ressaltou o presidente do Santander Brasil.

Em um dia em que as ações do maiores bancos do país amargaram perdas, as units do Santander recuaram 1,4%, a segunda maior queda do setor ontem. Os papéis preferênciais do Bradesco, que também anunciou seus resultados ontem, cederam O Ibovespa ficou praticamente estável, com alta de 0,48%.

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