O melhoramento de si mesmo é uma espécie de higiene pessoal elevada ao cubo.
Partindo do princípio de que, por uma questão de saúde básica, você precisa cuidar de seus dentes, indo regularmente ao dentista, também precisará cuidar da pele, dos cabelos, unhas. E das roupas, é claro: elas são a sua segunda pele.
Não é fazer apenas o mínimo necessário para não parecer indigente. É fazer o máximo. Um mergulho no seu aspecto.
É o que você precisa fazer nesse momento, quando resolveu, de uma vez por todas, descobrir, reencontrar ou inventar seu estilo.
Olhe com muita atenção para você mesma. Percorra a textura da sua pele, as rugas de expressão, o formato do rosto, a cor da pele combinada à cor do cabelo. Faça uma análise criteriosa, item por item.
E então, como você é? É morena, é loura, miúda, mais para gordinha? Ou magra demais? Tem ombro caído? O peito, que formato tem? O quadril é alto?
Veja no espelho como esse conjunto funciona. O rosto, o sorriso, aquele jeito de franzir a testa. O volume dos cabelos sobre as roupas. Você, vista por trás - sim, isso é importantíssimo.
Nossa imagem não é unilateral como a reproduzida por um espelho fixo, na nossa frente. As pessoas nos vêem de vários ângulos, nós existimos em vários ângulos.
O exame do olhar deve ser desapaixonado. Sinto comunicar-lhe que você não nasceu loura como queria, ou com aquelas coxas fantásticas da Cláudia Raia, ou da altura de todas aquelas modelos do desfile na São Paulo Fashion Week. Se tinha essas ilusões, esqueça.
Tem uma pessoa na frente do espelho e essa pessoa é você. Não sei exatamente se você vai gostar do que vê. Não terá que amar de paixão todo esse conjunto que é você. Mas terá que assimilar. Assimilar profundamente. O que significa aceitar a figura refletida, tratando-a com mais cuidado e respeito: "isso é o que eu sou, e posso fazer disso o melhor possível".
Quem é que você encontra, quem você vê?
