Quinta, 28 Março 2024

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Codesa presidente dentroA expectativa do setor portuário é de um crescimento médio de cerca de 6% ao ano ao longo das próximas três décadas. Por isso, o presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Luis Claudio Santana Montenegro, acha que é preciso impedir que os portos venham a ser, no futuro, um gargalo ao desenvolvimento econômico do país. Ele defende a criação de projetos consistentes e sustentáveis para os portos públicos.

Portogente - O Porto de Vitória passou por expansões recentes, este ano o projeto de dragagem será concluído com aumento do calado e há projetos já tramitando na Secretaria de Portos (SEP) para expansão de terminais arrendados. Qual a configuração portuária hoje do País? Podemos falar em um novo potencial em alguns portos?
Luis Claudio Santana Montenegro - Hoje o setor portuário está vivendo um momento de euforia por novos projetos. Sabemos da necessidade de melhoria da eficiência das instalações portuárias existentes, de ampliação e de criação de novas instalações. A realidade mostra que será preciso uma importante discussão para definir os projetos consistentes e sustentáveis. Nesse aspecto, os portos organizados, em especial no Espírito Santo, contam com uma enorme vantagem competitiva, que são os ganhos de escala quando tratamos de projetos a serem instalados dentro do condomínio portuário.No porto organizado os investimentos são de benefício coletivo, sejam em acessos marítimos, rodoviários, ferroviários, ou em segurança com equipamentos de monitoramento, como o VTMIS(sigla em inglês do Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações), guarda patrimonial, atuação de autoridades aduaneiras, dentre vários outros.

Portogente - O senhor foi responsável pela elaboração do Plano Nacional de Logística Portuária (PNPL) dos 34 portos brasileiros e capitaneou os projetos de inteligência logística portuária do Governo Federal no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Quais ainda as maiores carências logísticas do País? O quanto isso se deve ao poder público e ao setor privado?
Montenegro - Para os Portos Públicos, sem dúvida, a maior carência diz respeito à agilidade e flexibilidade para ocupação de áreas públicas em contratos que são dinâmicos e variam muito com as mudanças de mercado. Mercados esses que podem hoje determinar um arrendamento, mas que também podem se modificar totalmente em 25 anos. Produtos que hoje justificam um contrato de utilização do porto e que podem nem mesmo ter significado econômico no longo prazo. O que as administrações portuárias fazem no mundo todo é administrar com dinamismo a ocupação de áreas - o que chamam de “magnifying” - em modelos em que se tem o domínio do uso dessas áreas, além da busca pela maximização do potencial de utilização do porto.

Portogente - Como o Brasil é afetado por conta ainda da crise econômica mundial, iniciada em 2008? Como ela se reflete na economia nacional e, mais especificamente, no setor portuário do País em termos de movimentação de cargas, expansão e modernização?
Montenegro - O setor de transportes, em que os portos estão inseridos, lida com investimentos de grande magnitude e com maturação em longo prazo. Assim, o planejamento portuário, em sua essência, trata as crises com naturalidade dentro do horizonte de planejamento. A expectativa do setor portuário é de um crescimento médio de cerca de 6% ao ano ao longo dos próximos 30 anos. Assim, todos os projetos não podem ter solução de continuidade em meio à crise, pois, com a retomada do crescimento, será preciso ter capacidade suficiente para que os portos não sejam gargalo ao desenvolvimento econômico do país.

Portogente - Como está o projeto do porto de águas profundas de Vitória?
Montenegro - O Espírito Santo, com sua vocação para o comércio exterior, possui elementos essências para ter, em seu parque de equipamentos logísticos, um terminal de grande porte para cargas gerais conteinerizadas. A tendência de crescimento das embarcações, que chamamos de jumborização, para redução de custos de frete, exige calados e berços maiores, retroáreas com maior capacidade e acesso multimodal. O Estado conta com uma área nobre de influência no Sudeste e Centroeste do país, conta com expertise em comércio exterior, sendo um cluster de empresas, profissionais e instalações logísticas. Além disso, uma importante malha rodoviária e ferroviária e a capacidade governamental para absorver investimentos e projetos logísticos de grande porte. Assim, não há dúvidas sobre o conceito. A única discussão que resta é a de qual projeto terá maior sustentabilidade para que se possa atrair os investimentos e iniciar a execução. Os portos de Vitória e Barra do Riacho se colocam ativos nessa discussão para apoiar as decisões de desenvolvimento do Estado do Espírito Santo.

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