Quinta, 28 Março 2024

Na segunda parte da entrevista concedida ao Portogente, o presidente da Regional São Paulo do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco-SP), José Roberto Bernasconi, fala sobre os erros cometidos pelo Poder Público do Brasil ao sediar os Jogos Panamericanos de 2007 e reforça a necessidade de focar no planejamento para que o País constitua um novo paradigma logístico.

* Primeira parte: Ritmo lento de obras para Copa de 2014 preocupa presidente do Sinaenco

Portogente – O Brasil dará conta das obras logísticas que precisa fazer para receber bem os turistas?
José Roberto Bernasconi
– No momento, eu diria que o risco que corremos é de não termos o legado esperado do megaevento. Afinal, todo o investimento previsto para viabilizar a Copa do Mundo no Brasil, algo em torno de R$ 20 bilhões, somente é justificável se for utilizado para realizar a renovação urbana das principais áreas metropolitanas, melhorando e ampliando a infraestrutura local, regional e nacional.

 Foto: Eduardo Felipe
Portogente – O que mais nos preocupa é que faz três anos que o Brasil foi escolhido pra sediar a Copa do Mundo.
Sim, desde o anúncio do Brasil como sede da Copa do Mundo, o Sinaenco vem defendendo o planejamento como instrumento essencial para garantir que as obras a serem realizadas para o evento se transformem em legados permanentes para a sociedade e não em equipamentos onerosos e subutilizados. Planejar é tomar decisões antecipadas. É definir o que fazer e com quais recursos.

Portogente – E não temos isso hoje no Brasil?
A falta de planejamento leva a indefinições, o que significa adiamento de prazos. Como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos têm data certa para acontecer e tudo deve estar pronto até lá, não há como descartar o risco de termos obras mal planejadas, executadas às pressas e sujeitas a problemas de toda ordem, até mesmo de descontrole de custos e de qualidade, entre outros.

Portogente – Especialistas sempre citam o caso dos Jogos Panamericanos de 2007...
Esse é um exemplo de falta de planejamento. Os gastos de R$ 3,7 bilhões foram 800% maiores do que o previsto inicialmente. Orçado em R$ 166 milhões, o Estádio do Engenhão teve custo final de R$ 400 milhões e sua construção não revitalizou a região do Engenho de Dentro, onde está localizado. A infraestrutura de acesso ao local é precária. Enfim, é uma pérola em meio inadequado.

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