Quarta, 24 Abril 2024
A demurrage – multa paga pelos importadores por descumprimento de prazos de contrato – do setor de fertilizantes apresentou queda de 23% nos portos paranaenses em 2013. Um estudo feito pelo Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos) mostrou que o setor pagou cerca de US$ 26 milhões a menos em multas. Informação da Assessoria de Comunicação da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina).

“A importação de fertilizantes, em 2013, foi 5% superior a 2012 e ainda assim conseguimos agilizar os processos de descarga, desburocratizar o sistema e obter ganhos operacionais. Nosso objetivo é seguir a orientação do governador Beto Richa, de atender as demandas do setor agrícola. Com a queda no pagamento de multas, o fertilizante chega ao produtor mais barato”, afirma o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

A Appa realizou um diagnóstico de todo o sistema de descarga de fertilizantes para descobrir onde estavam os principais gargalos, que consumiam tempo e tornavam as operações menos ágeis. Uma das mudanças adotadas pela Appa foi a modernização sistema de conferência das cargas de fertilizantes. Foram retiradas as inserções manuais de dados no sistema, que geravam erros por dificuldade de leitura.

“Com os atrasos que temos observado nas concessões portuárias por parte do governo federal, estamos investindo em melhorar a estrutura atual, até que as novas concessões saiam do papel. São melhorias logísticas, no âmbito daquilo que nos compete, e que estão resultando em efeitos práticos. Faremos o possível para atender a indústria e o produtor agrícola”, afirma o secretário de infraestrutura e logística, José Richa Filho.

Melhorias – A Appa instalou cinco contêineres-escritório na faixa do cais, que são utilizados pelos conferentes das cargas. Todos os navios de fertilizantes que chegam ao porto têm suas cargas loteadas para diferentes destinos. É trabalho do conferente – categoria portuária sindicalizada e estabelecida em Paranaguá – verificar o destino do lote, informar isso no sistema e encaminhar o caminhão para a balança.

Antes, esta ação era toda manual. Agora, com a integração e informatização do sistema, a transferência de dados é eletrônica e, ao chegar à balança, o caminhão passa apenas pela aferição do peso, sem riscos de envio do lote para o destino errado em função de dificuldade de leitura do canhoto, que antes era manual.

O principal ganho, além da agilidade, é que os terminais podem emitir as notas fiscais eletrônicas de cada caminhão, antes mesmo do veículo chegar ao destino. Por outro lado, na retaguarda, está sendo realizado um esforço conjunto dos operadores de fertilizantes em otimizar os espaços para recebimento do produto e, muitas vezes, aumentando o turno de trabalho para conseguir atender a demanda e reduzir o tempo de atendimento.

Além da informatização, outras medidas contribuíram para a queda no tempo de espera dos navios e para a melhoria na produtividade da importação dos fertilizantes. Em 2013, a Appa inaugurou o terminal de Fertilizantes, interligado por correias transportadoras, que além de agilizar as operações, diminui a quantidade de caminhões na área primária do cais, aumentando a segurança em todo o processo. Além disso, o número de balanças no acessos ao cais comercial está sendo duplicado, o que permite que o recebimento de cargas fique duas vezes mais ágil.

Entre as melhorias implantadas pela iniciativa privada, no setor, está a ativação de um segundo guindaste, no terminal da Ponta do Felix, no Porto de Antonina, que dobrou a capacidade de movimentação; e a aquisição também de um novo equipamento pelo o terminal especializado no recebimento de fertilizantes, em Paranaguá, a Fospar.

Sindicato - Para o presidente do Sindiadubos, José Carlos de Godoi, muitos problemas da demora na descarga estavam fora do domínio do porto. “A Appa fez um importante trabalho de mapear os gargalos. Assim ficou fácil visualizar onde estavam os problemas e atuar pontualmente. Fizemos um esforço conjunto e o resultado foi esta queda expressiva na demurrage. Para este ano, nossa expectativa é de que ela caia ainda mais já que ainda há ajustes a serem feitos’, explica.

Godoi afirmou ainda que a queda nas multas foi refletida diretamente nos preços dos produtos agrícolas. “Todo o custo da operação é repassado para o preço do produto. Quando conseguimos reduzir estes custos, automaticamente gera-se uma melhora na competitividade do produto agrícola”, afirmo Godoi.

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