Quinta, 18 Abril 2024

Nesta terça-feira (19/11), a autoridade portuária do Porto de Santos (litoral paulista), a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), abre chamada para a realização de dragagem emergencial para restabelecer a profundidade do cais santista. Foram convidadas onze empresas do setor, inclusive internacionais, para apresentarem propostas. A decisão é acertada, mas corre-se o risco de não se obter os resultados esperados, o que vai comprometer a chance da atual diretoria da autoridade portuária permanecer no cargo. 

Foto: Reprodução
Draga
Dragagem no Porto de Santos começou em fevereiro de 2010

Corre-se contra o tempo. A safra agrícola, que alcançará novo recorde, já está sendo escoada. A falta de profundidade no maior porto do País compromete esse escoamento e, por consequência, prejudica a competitividade do nosso agronegócio. Em recente audiência em Brasília, o senador e produtor do Mato Grosso Blairo Maggi (PR) reclamou que os portos estão dificultando e encarecendo o escoamento da produção agrícola nacional. “O Brasil está trabalhando no limite do limite.”

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Há muito a dragagem do Porto de Santos tem sido apontada como um dos gargalos logísticos. A contratação da dragagem de aprofundamento, iniciada em fevereiro de 2010, aqueceu os ânimos. Promessas foram feitas. Os supernavios iriam atracar. Previsões alvissareiras desenharam um futuro para lá de cor de rosa para os terminais e produtores brasileiros. Uma obra que custou aos cofres públicos, pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 199,5 milhões. Todavia, o que de mais concreto se tem dessa obra é a Portaria nº 52 da Capitania dos Portos, de 19 de julho último, onde são determinadas restrições às manobras de entrada e saída de navios de certos tamanhos, o que impõe dificuldades às embarcações maiores – neste caso, as de mais de 306 metros de comprimento.

Se confirmado o que já se escuta no mundo portuário local – que o Canal da Barra, recentemente dragado para -15 metros, tem profundidade em torno da cota anterior de -13,1 metros – haverá reflexos negativos na entrada e saída de navios.

Vale lembrar que, à época do início dos trabalhos, o então ministro dos Portos, Pedro Brito, afirmava que a dragagem iria aprofundar o canal de navegação do Porto de -13 metros para -15 metros. E Brito falava mais, que, numa segunda fase do processo, o canal seria aprofundado para -17 metros.

Quem começará a dar as devidas e necessárias explicações sobre a dragagem de aprofundamento que não aprofundou?

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