Quinta, 25 Abril 2024

A Telefônica está à frente não apenas de uma, mas de duas grandes operações no Brasil. Além da disputa com a TIM pelo controle da GVT, os espanhóis negociam a aquisição da Nextel. As conversações envolvem a compra dos ativos da companhia no mercado brasileiro e no México. A negociação praticamente significará o desmantelamento da NII Holdings, controladora da Nextel. Ontem, o grupo anunciou a venda da subsidiária chilena para um pool de fundos do Uruguai. Os norte-americanos têm ainda uma operação pequena na Argentina, que deve ser vendida para os próprios investidores uruguaios. Com a compra dos ativos da Nextel, a Telefônica poderá acertar dois alvos estratégicos na América Latina gastando uma única bala: no Brasil, evitará a entrada de um novo player ou mesmo o crescimento de um dos competidores que já atuam no segmento de telefonia celular; no México, reforçará sua operação no território dominado por um de seus maiores concorrentes do lado de cá do Atlântico, a América Móvil. A informação é do Relatório Reservado (RR).

Do ponto de vista regulatório, a compra da Nextel tem tudo para ser uma operação bem menos complexa se comparada a uma eventual aquisição da GVT pela Telefônica - neste caso, o próprio ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, já levantou a voz para dizer que se trata, sim, de uma concentração de mercado. No total, a Nextel soma quatro milhões de clientes no Brasil. No entanto, mais da metade utiliza os serviços por rádio. No segmento de telefonia celular, a companhia detém apenas 0,37% de market share. Sob a ótica dos órgãos antitruste, trata-se de um índice desprezível. Mas, quando o assunto é a disputa pelo topo do ranking no setor, a Telefônica sabe melhor do que ninguém que qualquer milímetro pode fazer a diferença. Os espanhóis somam hoje 28,8% do total de celulares ativados no país. A TIM vem logo atrás, triscando nos seus calcanhares, com quase 27%.

Brasil e México são os dois maiores ativos da NII Holdings: respondem por mais de 80% da receita. Os norte-americanos, no entanto, não têm alternativa. Com uma dívida de US$ 5 bilhões, o grupo está às portas de uma recuperação judicial - a mídia internacional já dá como certo que o pedido será sacramentado ainda neste mês. A própria subsidiária brasileira, onde a Nextel investiu mais de R$ 5 bilhões para a implantação da rede 3G, apresenta números declinantes. O balanço consolidado de 2013 ainda registrou um lucro de US$ 311 milhões (53% inferior ao de 2012). No entanto, a empresa vem de três trimestres consecutivos de perdas. Entre abril e junho, o prejuízo foi de US$ 56 milhões, contra um lucro de US$ 107 milhões no segundo trimestre de 2013. No mesmo período, a receita recuou 22%, índice similar à queda do faturamento verificada no ano passado. Procuradas pelo RR, Telefônica e Nextel não quiseram comentar as informações.

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