Sexta, 26 Abril 2024

No exterior é comum ver embarcações velhas e simples com muita diversão a bordo. O que importa é o lazer, o prazer de estar na companhia de amigos e familiares. Ter uma lancha no Brasil, um brinquedo de luxo, é privilégio de poucos, sinônimo de status e sonho de consumo de várias pessoas. E é nesse ambiente que entra a decoração náutica, ramo da arquitetura muito forte no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Os barcos saem prontos dos estaleiros, muitas vezes personalizados de acordo com o gosto do cliente. É na hora da reforma, quando se faz necessária a troca de um tecido mofado ou de um carpete danificado, que entra o decorador. Em Santos, a arquiteta Márcia Veneno é uma das únicas a trabalhar no setor, que segundo ela depende muito da situação econômica do país. Atuando há 15 anos, seu escritório realiza cerca de cinco projetos náuticos por ano, geralmente lanchas entre 40 e 50 pés, oriundas da Baixada Santista, Litoral Norte e São Paulo.

Para a arquiteta não há grande diferença entre a decoração residencial e a náutica, pois no mar os materiais precisam ser resistentes ao sol, à maresia e à umidade, mesmas características essenciais em uma casa praiana, como em Santos e região. Há também a questão do espaço físico, que é pequeno em um barco, o que leva ao máximo aproveitamento de todos os cantos. O mesmo ocorre no apartamento moderno, cuja planta é compacta e o desafio para o decorador é aliar beleza, conforto e funcionalidade em um espaço reduzido.

Cada cliente tem um perfil diferente. Há os que mergulham, os que fecham negócios no balanço das ondas e os que viajam com a família no final de ano e durante as férias de verão. Por isso, os projetos são elaborados de acordo com o objetivo e o bolso do proprietário.

Por ser um trabalho artesanal, a conclusão depende do tamanho da embarcação e do tipo de reforma. Uma decoração simples pode ser entregue no prazo mínimo de um mês. Já um projeto ousado, com a modificação total da estrutura interna leva de um a dois anos. A durabilidade dos materiais empregados varia de cinco a dez anos, de acordo com a conservação feita pelo marinheiro. “A manutenção da lancha depende demais dessa pessoa de confiança que o cliente emprega”, afirma Márcia Veneno.

A mobília náutica é feita sob medida, com cantos arredondados para evitar acidentes. Tudo deve ser muito bem fixado devido ao movimento da embarcação. É importante escolher um marceneiro especializado, que conheça a madeira e faça um acabamento de qualidade. Para a área externa é utilizada a Teca, madeira resistente ao sol. Nos ambientes internos predominam os tons claros.

Os tecidos, a maioria importados, devem ser à prova d’água, como o teflon, e resistentes ao sol. O mais utilizado é o ultra-suede, uma camurça sintética de fabricação japonesa, com cores variadas, mas bem cara. O carpete também necessita de manutenção constante. Outros itens que compõem a decoração são luminárias e puxadores que não enferrujam, utensílios diversos e de fácil encaixe, cortinas, almofadas e o enxoval: uniforme do marinheiro, toalhas, lençóis e colchas.

Fotos cedidas pelo website http://www.marciaveneno.com.br/

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