Quarta, 24 Abril 2024

escrito por Márcio Atz, graduado em Direito, especialização em Administração e executivo de carreira desde 1988 - publicado no Jornal do Comércio (RS)

Na Inglaterra do início do século 19, os luditas eram pessoas que, acreditando que a tecnologia seria prejudicial aos artesãos da época, invadiam fábricas destruindo máquinas e instalações. A sociedade não se submeteu aos seus ditames e o país, apesar de pequeno, se transformou na potência econômica que conhecemos. Hoje, temos os neoluditas: suas crenças continuam as mesmas, alimentam grande aversão a avanços tecnológicos e científicos, que seriam invariavelmente prejudiciais aos humanos, à natureza e ao conjunto da sociedade, são verdadeiros tecnófobos.

Foto: Germano Rorato/Gaúcha ClicRBS

Porto Alegre é a cidade com mais restrições à instalação de antenas de telefonia no Brasil

Sempre se apresentam como especialistas preocupados com o bem-estar da sociedade e o meio ambiente. Se crêem possuidores de uma superioridade moral inquestionável, comumente se inserem em entidades ambientais e movimentos sociais, outra abstração moderna para conferir legitimidade às patrulhas de militantes. Infelizmente, muitos acabaram ocupando espaços relevantes no poder público, bem como em organizações influentes na política do Rio Grande do Sul. Com sua histeria, os neoluditas acabam acuando gestores públicos, que terminam por acatar em todo ou em parte suas restrições ao avanço tecnológico de nossa sociedade. Exemplo disto é a polêmica em torno da lei das antenas em Porto Alegre, tema que voltou aos jornais nesta última semana. Pelas ações obliteradoras destes tecnófobos é que a cidade tem áreas de sinal de celular tão deficitário, pois não se consegue implantar uma rede adequada de antenas.

No Rio Grande, são muitos os exemplos de outras iniciativas industriais e de infraestrutura que ficam só no papel por conta destes causadores de atraso que agem em nome do bem-estar da sociedade. Não sabem a extensão do mal que causam, em nome do bem que dizem defender com sua ideologia. Nosso Estado vai ganhar muito se começar a se pautar menos por estes zumbis do século 19. Que cuidem mais de suas próprias vidas e imponham menos à sociedade, precisamos soltar estas amarras para poder evoluir.

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