Sexta, 19 Abril 2024
publicado originalmente pelo economista e ambientalista João Saraiva

Um dos desafios das cidades é priorizar o transporte público em detrimento do individual. O sistema de mobilidade, baseado no uso indiscriminado do carro particular, transformou áreas metropolitanas em espaços de engarrafamentos, o que dificulta o direito de ir e vir e eleva as emissões de carbono.

Ao participar do debate sobre meio ambiente em Fortaleza, em meados dos anos 80, percebi a importância dos ecossistemas dos Rios Ceará, Pacoti, Cocó, Maranguapinho, Pajeú, Maceió; das Lagoas da Parangaba, Mondubim, Messejana, Opaia... Sempre estive preocupado em buscar o equilíbrio entre o desenvolver e o preservar, considerando os serviços ambientais e a contribuição para mitigar os impactos antrópicos.

A construção da avenida Sebastião de Abreu apavorou os ambientalistas. Promovemos até um “empate”, método utilizado por Chico Mendes para evitar a derrubada das seringueiras amazônicas. Passados alguns anos, o temor de que a obra traria ocupação nas margens não se materializou e a mesma exerce seu papel no sistema viário.

Algumas capitais já buscam uma relação mais equilibrada entre os diversos modais: metrô, VLT, ônibus, carro individual, bicicleta, caminhada. Um sinal positivo da Prefeitura de Fortaleza foi iniciar os estudos do Plano Diretor Cicloviário Integrado.

No caso específico dos cruzamentos das avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior, o inovador apresentado pelo Sistema Viário é a priorização do transporte público de passageiros, com faixas exclusivas, facilitando o deslocamento das pessoas de forma mais rápida e diminuindo as emissões dos gases do efeito estufa.

As soluções para os problemas de mobilidade passa por um conjunto de fatores culturais, econômicos, políticos, ambientais, que exigem tanto do poder público quanto da sociedade ações que desmistifiquem o uso do carro particular e priorizem o transporte de massa.

Fortaleza, segundo dados do Detran-CE, possui mais de 869 mil veículos. Isso requer alternativa, como a construção de mais corredores exclusivos para o transporte de massa e a descentralização administrativa e urbana, levando para os bairros os serviços essenciais, para reduzir deslocamentos.

A Prefeitura tem papel importante de construir um sistema de mobilidade que ofereça um transporte de qualidade mais barato, confortável, ágil, menos poluente, que leve o usuário a optar pelo transporte público ao invés do individual.

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