Segunda, 20 Mai 2024
publicado originalmente pelo G1 Rio Preto e Araçatuba

Equipes da ALL, a América Latina Logística, empresa responsável pela linha férrea na região noroeste paulista, ainda fazem nesta segunda-feira (2) a troca de dormentes na ferrovia, que continua interditada, no local onde os vagões descarrilaram no domingo (24), matando oito pessoas.

A troca dos dormentes está sendo feita em vários trechos da ferrovia. No local do acidente, a linha férrea já está praticamente pronta, só falta terminar a passagem em nível, onde os carros e pedestres passam e fica bem próximo ao local do acidente.

Em outros pontos da ferrovia, os funcionários trabalham na troca de dormentes podres ou antigos, o que já era um pedido antigo do Ministério Público e foi pedido até mesmo em um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre a empresa e o MP.

Foto: Marcos Lavezo/G1

Funcionários da ALL trabalham na reconstrução do trecho da linha férrea

Nelson Marinho, coordenador de fiscalização da ANTT, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, percorreu vários quilômetros da ferrovia na manhã desta segunda-feira para fazer uma vistoria. Ele fez novos pedidos para a ALL e no período da tarde deve ser realizado um teste, com um trem passando no local. A liberação da malha depende desta vistoria.

Segundo o coordenador, ainda não há uma data definida para a liberação da ferrovia, o que pode acontecer ainda nesta semana ou no início da próxima. Nesta terça-feira (3), uma reunião com representantes da prefeitura será feita para que o Executivo ajude na segurança dos pedestres na passagem de nível.

Neste domingo (1) foi realizada a missa de sétimo dia ao lado do terreno onde existiam duas casas que foram destruídas pelos vagões. Durante a cerimônia, muita tristeza e emoção. Sueli Dias da Silva perdeu o irmão e a nora, o casal deixou uma filha de apenas 10 anos. “Aqui morava uma família feliz, vamos ter de esquecer, vamos ter de parar de chorar, mas será difícil, porque partiram pessoas importantes, que vão fazer falta”, afirma Sueli.

A composição com 80 vagões carregados com milho vinha do Mato Grosso e seguia para o Porto de Santos. Ao passar pelo Jardim Conceição, em Rio Preto, nove vagões descarrilaram, dois atingiram três casas. Oito pessoas morreram e sete ficaram feridas.

As polícias Civil e Federal investigam o caso e os laudos que vão apontar as causas do acidente devem ficar prontos até o final do mês. Uma semana depois da tragédia, a linha férrea já está praticamente reconstruída.

A concessionária que administra o trecho aguarda a vistoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres para que seja liberado o tráfego de trens no local. A previsão é que nos próximos dias as composições voltem a passar pelo local, uma notícia que deixou os moradores do bairro preocupados. “É perigoso a linha, acho que tinha de sair, não só daqui do Jardim Conceição, mas de toda a área urbana”, diz a consultora Sueli Braguino Rossi.

Pelo menos 20 quilômetros de linha férrea cortam a cidade. O projeto para retirada dos trilhos do perímetro urbano é de responsabilidade do Dnit, Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes, que alega falta de recursos, para começar a obra orçada em R$ 300 milhões.

“Os moradores precisam continuar com suas vidas, o tráfego de trens serão retomados, mas o importante agora ter um aumento no nível de segurança, como deve ser, até que haja um traçado novo para que os trens saiam desta região”, afirma o defensor público Júlio César Tanone.

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