A ideia de controlar o estado dos automóveis em circulação não é algo novo e muito menos algo criado ou inventado por nós. Pelo menos há mais de 40 anos esta ideia já tem sido colocada em prática em outros países.
O famoso TUV na Alemanha, por exemplo, obriga que os carros sejam vistoriados a cada dois anos. A inspeção é rigorosa e além da inspeção do motor também verificam sistema de segurança como freios, lâmpadas, etc. Ou seja, é quase que um completo check-up do veículo.
Foto: Brasil 247
Inspeção veicular paga e mal administrada é alvo de críticas dos contribuintes
Este prefeito, avesso a diálogos, impôs no seu apresentado plano de governo que não seria mais feita a inspeção. Assim, passados nove meses de governo decretou o fim da inspeção. Sim, porque não se trata de uma troca de cessionário, pois, se o fosse, deveria abrir uma licitação.
Não, bravão, decretou e pronto. Mandou fazer um montão de faixas, as quais espalhou pela Cidade enaltecendo o seu próprio feito e poluindo ainda mais as áreas urbanas. Para complicar também a vida do cidadão que havia pago a inspeção, disse que quem quisesse o dinheiro de volta deveria solicitar à Prefeitura.
Toda esta trapalhada foi desfeita em pouco tempo. A Justiça mandou voltar atrás e obrigou a continuidade das inspeções. Pergunto: quem pagou pelas faixas? E pela sua instalação e depois retirada?
Resposta óbvia: Nós
Mas não há com que se preocupar, pelo menos na concepção do prefeito que se mandou para uma temporada em Paris.
Eu fico todo esperançoso quando nossos governantes vão a Paris. Acho que quando voltarem vão criar mais parques, mais monumentos, que as ruas serão limpas, que o asfalto ficará liso, que, que, que ... que nada. Ficamos é com menos Euros em caixa. E a zorra continua.
Será que ninguém se dá conta que o que estamos vivendo é uma gravíssima crise de correnteza de ações, mesmo depois das manifestações de rua em junho-julho.
Aliás, o mesmo prefeito estava em Paris também nesta época.
Lembro que esta mesma tática era adotada por boa parte dos governantes. Sempre que há um problema grave melhor se mandar para o exterior. Êta escolinha.