Caros leitores,
Neste artigo, falaremos da navegação fluvial nos rios Amazonas e Solimões uma das maiores extensões navegáveis do mundo.
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O transporte hidroviário na Bacia Amazônica, devido à extensa área abrangida por seu sistema fluvial, atende aos mais diversos aspectos, desde o de subsistência, com o transporte de pequenas cargas e passageiros, até o de maior vulto, isto é, de cabotagem ou de longo curso, onde são utilizadas grandes embarcações e portos classificados como marítimos, como Vila do Conde e Manaus.
A Hidrovia Solimões-Amazonas é o principal corredor hidroviário brasileiro em termos de volumes transportados. Suas características físicas e a ligação com a Hidrovia do Madeira e do Tocantins-Araguaia contribuem para o transporte hidroviário. Na navegação interior de percurso estadual destaca-se o transporte de petróleo na rota Coari/AM–Manaus/AM, responsável por 87,9% do tráfego nesse percurso. No percurso interestadual, a linha Belém/PA–Manaus/AM foi responsável por 72,3% do total. O principal produto transportado nessa linha é foi o semirreboque baú.
Já na cabotagem, a principal carga transportada foi a bauxita. Esse produto é predominantemente transportado das cidades de Oriximiná/PA e Juruti/PA para Barcarena/PA e para o estado do Maranhão em embarcações marítimas passando pelo norte da ilha de Marajó.
Por fim, no longo curso três produtos estão em evidência: bauxita, contêineres e soja responsáveis por esse tipo de navegação.
Hidrovia do Amazonas
Extensão navegável: 1.646 km (entre Belém e Manaus)
Largura média: 2.000 m
Declividade média: 2 cm/km
REGIME HIDROLÓGICO
Período de águas baixas: Junho
Período de águas altas: Novembro
NAVEGABILIDADE
Sistema de sinalização / balizamento
Restrições à navegação: não existe restrição. O rio Amazonas permite navegação de longo curso e cabotagem, com a obrigatoriedade de serem conduzidos por um prático a bordo.
Hidrovia do Solimões
Extensão navegável: 1.630 km (entre Manaus e Tabatinga na divisa com o Peru)
Largura média: 1.210 m
Declividade média: 2 cm/km
REGIME HIDROLÓGICO
Período de águas baixas: Julho / Outubro
Período de águas altas: Fevereiro / Julho
NAVEGABILIDADE
Sistema de sinalização / balizamento
Restrições à navegação: Não existe nenhuma restrição; navios mercantes navegam pelo rio até a cidade de Iquitos (Peru), com a obrigatoriedade de serem conduzidos por um prático a bordo.
A Hidrovia do Amazonas-Solimões transportou mais de 7.198.233 toneladas em 2011 no fluxo interestadual. Na hidrovia, destaca-se o volume de soja transportado, que corresponde a 35% do total.
- Clique aqui para ver os dados do Transporte de NI Interestadual de cargas na Hidrovia do Amazonas-Solimões por linha (origem-destino) - 2011
- Clique aqui para ver os dados do Transporte de cabotagem de cargas na Hidrovia Amazonas-Solimões por linha (origem-destino) e sentido (jusantemontante) - 2011
Na cabotagem, a hidrovia Amazonas foi responsável por um fluxo anual de 19.356.240 toneladas em 2011. A bauxita é o principal produto transportado correspondendo a 90 %. Contêineres com componentes eletrônicos e combustíveis são produtos importantes transportados pela hidrovia.
Porto de Manaus - Terminal de passageiros
No longo curso, os minérios, bauxita e ferro correspondem a 56% do fluxo, seguidos pelos contêineres e soja.
Finalmente, o grande volume de viagens em embarcações de até 2.000 toneladas, que fazem o abastecimento das vilas ribeirinhas é o transporte vital para a Região Amazônica, uma vez que a malha rodoviária tem o local, pois não existem interligações devido ao grande número e o porte dos rios. As ferrovias conectam apenas as minas aos portos de escoamento dos minérios.
Porto de Manaus - área de São Raimundo no Rio Negro
Porto de Manaus - vista aérea no Rio Negro
Porto de Coari no Rio Solimões
Porto de Tabatinga no Rio Solimões
Referências
http://www.antaq.gov.br/